Houve uma reunião do Moreirão e do Moreirinha comigo e com o Orlandinho, três dias antes do jogo, para tratar de um assunto importante. Quem seria o juiz? Quem apitava os jogos do Universal, normalmente, era o seu Bruno, da farmácia. Mas o seu Bruno da farmácia não era de confiança. Às vezes se distraía, uma vez saíra no meio do jogo, dizendo “Continuem, continuem”, para ir à farmácia dar uma injeção, e confessava que não gostava de marcar pênalti. “Não sou de dar pênalti”, dizia, como se fosse uma prova de bom caráter. Dava injeção sem dó, mas não dava pênalti. O seu Bruno da farmácia não servia.
Propus o coronel Demétrio que gostava de assistir aos jogos no campinho, parecia conhecer as regras de futebol e, como militar, imporia respeito dos dois lados.
– O quê?! – disse o Moreirão. – O coronel Demétrio mal pode caminhar!
– Ele não precisa se mexer muito.
– Duvido que ele ainda possa soprar um apito!
– Está certo – concedi.
O coronel Demétrio também foi vetado.
– E o Lúcio? [...]
Também foi vetado.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. O juiz. In: O cachorro que jogava na ponte esquerda. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2010. p. 40-42. Fragmento. (P060158B1_SUP)
(P060159B1) No trecho “– O quê?! – disse o Moreirão.” (3º parágrafo), os pontos de interrogação e exclamação sugerem
admiração.
desafio.
indignação.
teimosia.
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Resposta:
Letra "C", indignação
Explicação:
Indica desaprovação.
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