Português, perguntado por Sweetheart222, 11 meses atrás

Hospital do Barulho

O quarto de Giulianna Kim, 7 anos, é como o de qualquer outra criança da idade dela. Tem um clima aconchegante, quadros com motivos infantis, a decoração é feita com cores suaves e é cheio de bichinhos de pelúcia. Além disso, costuma abrigar alguns bichos de verdade, como hamster, tartaruga, peixe e coelho. Só há uma diferença: o quarto não fica em sua casa. O local pertence ao Hospital da Criança, ligado ao Hospital Nossa Senhora de Lourdes, inaugurado em março do ano passado no bairro do Jabaquara, em São Paulo, e tem como proposta afastar a ideia de um hospital convencional. Para reforçar essa filosofia foi criado, simultaneamente, o Espaço Criança, projeto coordenado pela enfermeira Viviane Cohen Nascimento, que procura humanizar a estada dos internos por meio de uma série de atividades inusitadas. Elas são intercaladas e costumam acontecer uma vez por semana. Dentre essas atividades estão a terapia com animais, em que uma equipe liderada pela médica veterinária Hannelore Fuchs leva alguns animais para “visitar” as crianças. “Fazemos há dois anos um trabalho semelhante em escolas para deficientes físicos e a respostas das crianças é incrível. É um momento em que elas esquecem que estão com problemas”, afirma Hannelore. Giulianna Kim que o diga. Internada há uma semana com pneumonia, ela estava radiante com a visita de um simpático hamster conhecido como Bolinha. “Adorei o Bolinha. Brincar com ele me fez lembrar da minha cachorrinha Madonna”, diz Giulinna. Outra atividade de bastante sucesso entre a molecada é a aula de culinária. Nela, crianças de todas as idades têm a oportunidade de colocar a mão na massa; literalmente. Na última sessão, orientada pela nutricionista Míriam Domingues, o prato preparado foi gelatina. A pequena Bárbara Tricanico, 2 anos, internada devido a uma forte virose, se esbaldou com suas coleguinhas. Para quem precisa passar por uma operação, o Espaço Criança desenvolveu o Programa Pré-Cirúrgico. Nele, os personagens principais são dois fantoches, os elefantinhos Pepe e Penélope, utilizados pelas enfermeiras para apresentar, alguns dias antes da data da intervenção, a sala de operação, o quarto de recuperação – repleto de desenhos de peixes no fundo do mar – , equipamentos como a máscara anestésica e o estetoscópio. Dependendo da ala e do grau da doença das crianças, é possível encontrar pacientes mirins dando umas voltas de bicicleta. E aquela imagem do médico vestido de branco também não é vista por lá. A roupa da equipe de médicos e enfermeiros é cheia de ursinhos e balõezinhos coloridos, a mesma estampa usada pelos internos e nos lençóis das camas. A proposta do hospital tem tudo para dar certo. Afinal, se não dá para evitar que os pequeninos fiquem doentes, que pelos menos possam se tratar num ambiente mais humano e descontraído.

Cláudia Pinho
Isto É – 03 de março de 2000 (adaptado).

“Afinal, se não dá para evitar que os pequeninos fiquem doentes, que pelos menos possam se tratar num ambiente mais humano e descontraído.” Como foi estudado, os advérbios podem complementar verbos, adjetivos ou outros advérbios. No período em destaque, há alguns exemplos de advérbios, mas somente um deles complementa um adjetivo. O trecho em que ele aparece é:

A)“se não dá para evitar”


B)“mais humano e descontraído”


C)“num ambiente”


D)“pelos menos possam se tratar”


E) “que os pequeninos”

Soluções para a tarefa

Respondido por gabibraga88
7
Olá, tudo bem?

A resposta correta é a letra B.

Vejamos as alternativas:

a) “se não dá para evitar”
Errada, pois "não" é um advérbio de negação que, nesta frase, complementa o verbo "dar".

b) "mais humano e descontraído"
CORRETO, pois "mais" (advérbio de intensidade) refere-se aos adjetivos "humano" e "descontraído".

c) "num ambiente"
Errado, pois não há advérbio nesta sentença.

d) "pelo menos possam se tratar"
Errado, pois o advérbio "pelo menos" refere-se ao verbo "possam".

e) "que os pequeninos"
Errado, pois também não há advérbio nesta sentença.

Espero ter ajudado. :)
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