“homem de 25 anos admitido em hospital público com história de lesão por arma branca no tórax, submetido à toracotomia a D, com colocação de dreno torácico em selo d´água HTD decorrente de hemopneumotórax traumático, permaneceu em suporte ventilatório por quatro dias. Após extubação, observou-se respiração superficial e bradipneia. A gasometria arterial revelou PH = 7,20, PCO² = 60 mmHg, HCO³ = 26 mEq/l”.
Com base nos dados expostos, podemos considerar que o paciente se encontra em:
Escolha uma:
a. Alcalose metabólica.
b. Alcalose respiratória.
c. Acidose respiratória.
d. Acidose mista.
e. Acidose metabólica.
Soluções para a tarefa
Resposta:
ACIDOSE METABOLICA
Explicação:
A compensação respiratória de um distúrbio metabólico é imediata, gerando hipo ou hiperventilação. Já a compensação metabólica de um distúrbio respiratório pode levar até três dias para acontecer com sua máxima efetividade.
Com isso, temos que o pH normal varia de 7,35 – 7,45.
pH < 7,35 à acidose
pH > 7,45 à alcalose
SENDO QUE: A gasometria arterial revelou PH = 7,20
Podemos considerar que o paciente se encontra em acidose respiratória (C).
Temos os seguintes dados do paciente:
- Respiração superficial e bradipneia.
- A gasometria arterial revelou PH = 7,20, PCO² = 60 mmHg, HCO³ = 26 mEq/l.
Para determinar qual o distúrbio ácido-base em que o paciente se encontra (alcalose ou acidose), devemos primeiramente analisar sua gasometria arterial e seguir os seguintes passos:
1. Análise do pH;
2. Encontrar o mecanismo que justifica a alteração do pH;
3. Avaliar a presença de compensação.
1. O primeiro passo é analisar o pH:
- Se pH < 7,35, o paciente está em acidose;
- Se pH > 7,45, o paciente está em alcalose.
Portanto, temos que o pH está em 7,2 e o paciente está em acidose.
2. Para encontrar o mecanismo que justifica a alteração do pH, devemos observar se a diminuição do pH foi devido ao aumento de CO2 no sangue ou à diminuição de HCO3-.
Valores de referência:
- pCO2: 35 a 45 mmHg
- HCO3-: 22 a 26 mEq/L
Portanto, o pH diminui às custas do aumento de CO2 no sangue, uma vez que a PCO2 é 60mmHg.
3. Para calcular se há presença de compensação, utiliza-se como referência a média entre os valores mínimo e máximo para pCO2 e HCO3-, portanto, temos:
- pCO2: 40 mmHg
- HCO3-: 24 mEq/L
Na acidose respiratória, em um distúrbio agudo, temos que:
- A cada 10mmHg de CO2 que sobem, há aumento de 1mEq de HCO3-.
- Se o valor de referência para a pCO2 é de 40mmHg, então houve aumento de 20mmHg de CO2. Portanto, o aumento esperado de HCO3- em um distúrbio agudo seria de 2mEq, ou seja, de 24 mEq/L para 26 mEq/L.
- Dessa forma, confirmamos que o quadro é de uma acidose respiratória aguda.
Temos que a compensação da acidose respiratória seria no aumento do HCO3- para tentar tamponar a alta quantidade de ácido no sangue.
Portanto, para uma acidose respiratória aguda, calcula-se a magnitude do aumento do HCO3- da seguinte forma:
- 0,1 X Δ pCO2
- Sabe-se que Δ pCO2= 60mmHg - 40mmHg, então Δ pCO2= 20.
- 0,1 X 20 = 2
A magnitude do aumento do HCO3- esperada, portanto, é de 2 mEq/L, ou seja:
- 24 + 2 = 26 mEq/L.
- Se o valor de HCO3- é igual o valor de HCO3- esperado (26 mEq/L), estamos diante de um distúrbio simples, ou seja, apenas uma acidose respiratória sem distúrbio metabólico associado (misto), ou seja, letra C.
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