Hoje em dia existe uma tendência dietética que é o chamado jejum intermitente.
Essa plano alimentar consiste em uma estratégia em que o paciente fica por
períodos longos, de 16 a 36 horas seguidas, sem alimentação sólida. O objetivo
dessa manobra é que o indivíduo utilize os estoques de gordura, dessa forma,
perdendo massa gorda. No entanto, esse jejum prolongado também provoca a
perda de massa magra (massa muscular). Em um quadro em que o paciente
está há muitas horas sem se alimentar, o que ocorre com as proteínas
musculares para que haja essa perda da massa muscular?
Soluções para a tarefa
Resposta: Até as duas primeiras semanas de jejum, o músculo utiliza como fonte de energia os ácidos graxos e os corpos cetônicos, uma vez que as quantidades de glicose e insulina para transportá-la não são suficientes. No entanto, após esse período, os músculos passam a usar mais ácidos graxos, de forma que sobram muitos corpos cetônicos no sangue, pois esses deixam de ser empregados pelos músculos.
Devido à necessidade do fígado de formar glicogênio a partir de aminoácidos na gliconeogênese, acontece durante os primeiros dias de jejum uma rápida quebra das proteínas dos músculos. Assim, a massa muscular do indivíduo em jejum sofre uma forte redução. Depois de muitas semanas de jejum, a degradação de proteínas dos músculos diminui, já que o cérebro passa a usar mais corpos cetônicos, não necessitando de glicose.