História, perguntado por Pedro1234321, 1 ano atrás

história local pode ser relacionada aos estudos que realizamos nos módulos anteriores sobre cotidiano e memória. Sobre essas relações, afirma-se:

I – A história local pode voltar-se ao estudo das ações cotidianas para tentar compreender o ser humano em sua inteireza ou para desvendar as várias práticas, operações e maneiras de fazer.
II – A história local pode ser poderosa auxiliar ao desvendar personagens ilustres de cada lugar, ao destacar as passagens de grandes personagens pelas pequenas localidades.
III – A história local pode estudar as várias estratégias de sobrevivência de que os grupos específicos de cada lugar se valem para o enfrentamento das necessidades cotidianas.

História do cotidiano e história local estão adequadamente relacionadas nas afirmações:

Soluções para a tarefa

Respondido por gbrufiniot5bur
4
Todas as alternativas estão corretas.  

Desde a Antiguidade ate o séc XX, a História fora conhecimento com a utilidade de propagar decisões tomadas no passado para quando surgissem duvidas no presente. Ela era mais do que apenas um referencial, em caso de duvida, ela era a resposta do que deveria ser feito.   No século XIX essa tese ganhou nova roupagem com a definição hegeliana de Historia, onde a Historia seria ciência responsável por estudar as grandes civilizações e os grandes casos para neles encontrar o “espírito universal”, uma suposta evolução que ocorria de sociedade em sociedade (grande sociedades) rumo ao devir, que seria a liberdade.  

Essa imagem, essa busca ganhou ainda mais aval depois das ciências sociais levarem à idéia de que assim como a física explicava o movimento e a fisiologia o funcionamento dos corpos, as ciências humanas deveriam ser responsáveis por explicar as ações que o homem e as sociedades tomariam de maneira a antever seu comportamento do futuro.
 

Esse projeto valeu ate Marc Bloch, Lucien Febvre e a Escola dos Annales repensarem a maneira de escrever a historia, com que finalidade e com que “provas”.    

A história passava a ser muito mais fonte de problematizações do que de respostas. E tudo poderia ser conhecido, bastava o historiador - munido de todo seu conhecimento – entoar as perguntas corretas.  

Apesar disso, na 3ª fase dessa Escola, a busca por grandes generalizações era grande, o que gerou um “contramovimento” na Itália denominado “Micro-historia”, que ao inves das grandes generalizações buscava as exceções, os detalhes de cada subgrupo, de cada região diante do suposto todo que acontecia. Carlo Ginzburg fora o diretor da coleção e um dos grandes produtores de conhecimentos importantes até hoje.  

A história local é uma das sub-areas que faz parte da Micro-história. Nela, se acompanha tudo o que acontece numa determinada região, num determinado lugar e/ou espaço.
 

(É como se colocássemos uma câmera diante de um espaço e gravássemos o tempo e os acontecimentos passando diante dela).  

Ela podia acompanhar grupos e espaços e qual era a relação deles com as grandes estruturas, os grandes nomes e fatos da Historia, de maneira a compreender melhor a Historia e as sociedades, que pelas macro-teorias, pareciam tão estruturas, homogêneas e estabelecidas.  

O caso do Menoque na obra de Ginzburg “O queijo e os vermes” levantou inúmeros questionamentos quanto à dominação da população “inculta” por parte da Igreja e da Inquisição e em como essa classe seguiria de maneira ignorante tudo que lhe era imposto.

Na obra, o personagem mesmo sendo um simples ferreiro questiona as verdades da Igreja no auge de seu poder de diversas maneiras e mais de uma vez.   Pudemos descobrir assim que a Inquisição não fora esse poder homogeneizador que aparenta ser, se comportando em cada lugar, em cada momento de determinada maneira, nem sempre podendo ser resumido em uma única regra valida incondicionalmente
Perguntas interessantes