história do teatro francês
Soluções para a tarefa
O Teatro clássico francês do século XVII é radicalmente diferente dos teatros espanhol e inglês da mesma época, porque lhe falta totalmente a raiz popular. Há, nas origens, influências espanholas e da Commedia dell'Arte italiana. Mas foram logo superadas para agradar ao gosto de seu público culto, sofisticado e disciplinado por rígidas normas de comportamento da sociedade: La Cour et la Ville, a Corte de Versailhes e a cidade de Paris.
A formação intelectual desse público era humanística. Por isso, o espírito barroco de época contra-reformista e absolutista teve de acomodar-se às formas ditas antigas, isto é às mal compreendidas regras aristotélicas, unidade de ação, de lugar e de tempo; enredo reduzido ao essencial e expressão verbal disciplinada pelas bienséances, ao modo de falar em boa sociedade. Nenhum teatro do passado é, pelo menos aparentemente, mais distante do nosso do que esse; mínimo de ação e mínimo de poesia. Mas é aparência. Na verdade, este é o primeiro exemplo de teatro moderno.
Resposta:
D.
Dois grandes expoentes foram Molière e Beaumarchais, este com a sua As bodas de Fígaro e aquele com As Preciosas Ridículas.
Por que esta resposta é a correta?
Molière marcou seu tempo, pois mudou o teatro francês para sempre. De fato, revolucionou amplamente a cena teatral, fazendo-a alcançar ou exceder, em prestígio, o teatro italiano ou o teatro espanhol. Se há uma área onde Molière é o mestre, é a Comédia. Investindo na comédia do século XVII, é muito menos popular e nobre do que a tragédia. Além disso, ela é frequentemente considerada como um gênero menor do teatro. Em vinte anos, Molière trabalhará para restaurar o prestígio da Comédia. Além disso, ele terá sucesso em grande parte da sua missão, pois durante os últimos anos de sua vida, quando ele era um ator do rei Luís XIV, a comédia é novamente um gênero teatral importante e nobre. Podemos, portanto, dizer que Molière é um dos principais arquitetos do ressurgimento da comédia e da sua promoção: encerra sua vida e carreira com O doente Imaginário, última peça que encena pouco antes de sua morte. Já no século XVIII, apesar da popularidade de gêneros menos empenhados em qualidade, como a ópera de segunda categoria do Vaudeville; da “comédia sentimental”; da comédia lacrimosa, a verve poderosa de Molière suscitou Beaumarchais como seu herdeiro. Às vésperas da Revolução Francesa, Pierre-Augustin Beaumarchais começou com uma comédia romântica, Eugénie, que o alçou ao estrelato. Foi na comédia livre de inibições que Beaumarchais imprimiu sua marca. Ele não tinha noção de que iria conquistar a imortalidade quando estreou o seu O Barbeiro de Sevilha. O drama francês dos séculos XVII-XVIII rompeu com as barreiras do teatro clássico, por trazer o popular aos palcos, misturando-o ao erudito, ao grande primado do teatro Greco-Latino. Diferem-se do drama medieval por não abordarem o elemento religioso. O século XVIII acumula a experiência teatral do século XVII às ideias inovadoras do setecentismo: Molière é reverenciado e influencia o grande Beaumarchais. Podemos destacar nesses séculos: As Preciosas Ridículas, de Molière e As bodas de Fígaro, de Beaumarchais.