história de pescador// Isabelle de Araújo
Enquanto atravessava a ponte sobre o Rio Doce,que cortava a minha cidade em Duas Metades-o lado de cá e o lado de lá deparei-me com uma cena intrigante. Olhando para baixo da construção e Mirando a poucas Águas que ainda restam do enorme rio,que já chegou a ser navegável,observei um pequeno barco que parecia mais está encalhado do que flutuando. Imaginei a dificuldade de fisgar algo comestível e consequentemente,a frustração da missão atrapalhada pelos barcos da Areia .A cena,definitivamente inspirou-me. Esta crônica tem origem naquele momento,naquele olhar.Antes de pensar na Agonia do Rio morrendo aos olhos vistos,na escassez de seres vivos nas águas do "doce" foi a imagem do pescador que me sensibilizou.Já ouvi dizer sobre a responsabilidade do Rio, cujo histórico revela os valores do seu povo presente em suas margens. Quanto mais bem cuidado,maior a educação dos moradores na cidade que desfrutam dele.Houv, Porém, uma tragédia que mudou o seu destino. Nela a alegria constantemente trazida pela corrente fluviais transformou-se em tristeza.Um verdadeiro pesar ao invés da corriqueira festa com a chegada das Águas,um velório coletivo. Os volumosos passos
remansos e as típicas correntezas do Grande Rio, inspiradores de credibilidade e abundância no passado,cederam lugar às águas barrentas e,também contaminadas pelo rejeitos de minério. Quem poderia imaginar?quem poderia calcular os danos surgido após o desastre ambiental conhecido como o "desastre de Mariana"?
Talvez o pescador. Foi ele o profissional que acompanhou mais de perto a aferida formar-se. Os rejeitos anunciavam,com, a chegada lenta,mais densa e constante,a quase despedida da maioria das espécies. As vidas presentes no rio nunca mais seriam a mesma. A rotina que delineou por tanto tempo o dia do profissional das águas precisou,compulsoriamente,sofrer alterações. Enquanto peixes não vinha á linha era com o Manancial que conversava sobre seus planos sonhos. O rio era o seu ombro-amigo,seu diário de anotação. as fisgadas, o troféu que celebrava o sucesso do seu dia. Além do sustento que lhe proporcionava, trazia alegria em seu peito, um sentimento percebido por aqueles que amavam a profissão que exercem: o orgulho de ser pescador. A lama barrenta tingiu de tristeza a vida dos simples e, ao mesmo tempo, Nobre profissional,que fazia do Rio seu palco de conquistas.
Restam poucas esperanças.Todos, porém, tosse para que o rio volte a respirar. O que antes era um sonho de vida,atualmente se configura como pesadelo. A Tormenta tornou-se responsável por despertar o pescador no meio da noite imaginando que será dele e de sua família,antes Totalmente Dependente do "doce"o Rio,hoje, chora. pescador chora. ouve-se na verdade um choro coletivo. Saudades?sim. muitas lembranças sobre oq esse gigante representou no passado,dos momentos em que as redes eram lançadas logo na manhãzinha, enquanto a cidade ainda dormia,voltando preenchidas. O Rio foi,por muito tempo, o sinônimo perfeito para o progresso da "Princesa do Norte" Era o seu amuleto da sorte.
Também não há como se esquecer do "bê-a-bá" sobre a arte da pescaria que atravessou as gerações,ensinada de pai para filhos, de avó para netos e para bisnetos. O Testamento que descreve a herança deixada pelos antes querido tornou-se um documento amargo, preenchido de tristezas relatos do Povo ribeirinho. Um rio antes cheio de cardumes, de mistério,de maravilhas da natureza,hoje leva com seus só as lembranças de bons momentos. É como se tivesse lançados, sem filtro, o veneno do poder e da ganância que Brota de alguma parte,localizada no interior dos homens que se dizem autoridades. Ele está lá,contudo, vai morrendo lentamente,da pior forma possível:agonizando.
Há, mesmo assim,pescadores Invencíveis. Reproduzem os heróis, buscando lutar até o fim. Aquele que visualizei perto do barco da Areia, enquanto passava pela ponte, propôs-me uma reflexão. Se houver ou não peixe, Naquele dia,não importa. Dedico a ele minha crônica que,como uma fotografia deixa,registrada a imagem de uma persistência. Uma verdadeira e triste história de pescador.
•entendendo o texto.
1- diante do relato da autora Você acredita que de fato aconteceu essa tragédia?explique.
2- porque o pescador citado no texto foi o profissional que acompanhou mais de perto essa trágica situação?explique. 3- cite fragmento do texto que relatem a preocupação do pescador com a sobrevivência da sua família.
•Após a leitura e entendimento do texto,sugiro a produção de uma crônica.
• antes de produzir faça a releitura de todas as informações enviadas sobre o gênero crônicas
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Doçe ,foi uma imagem do pescador que me sensibilizou. Já ouvi dizer sobre a responsabilidade do rio cujo histórico revela os valores do povo presente em suas margens
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