Hipócrates, um marco da medicina ocidental
O antigo médico grego Hipócrates de Cós, nascido por volta de 460 a.C, é considerado um dos fundadores da medicina. Sua atuação foi fundamental para o desenvolvimento da medicina como uma profissão e uma ciência específica, separada de outras áreas de conhecimento e da religião.
Esta pintura de Robert Thom ilustra como seria a atuação de hipócrates. o menino, de expressão doente, é examinado e amparado pelo médico. A mulher pode ser a esposa de hipócrates, que o apoiava em seus atendimentos, ou a mãe do paciente.
O chamado “Juramento de Hipócrates”, com adaptações feitas ao longo do tempo e dos lugares, até hoje é recitado pelos médicos em suas formaturas. Acredita-se que este juramento tenha sido escrito por Hipócrates ou por um dos seus alunos.
Versão completa do Juramento de hipócrates. na primeira coluna, o texto está escrito no idioma grego, na segunda coluna, traduzido para o latim. Esta versão faz parte do acervo da Biblioteca nacional de medicina dos EUA.
Conheça, agora, uma versão reduzida do Juramento, utilizada na universidade Federal de Minas Gerais:
Prometo que, ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência.
Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra.
Nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu para sempre a minha vida e a minha arte com boa reputação entre os homens; se o infringir ou dele afastar-me, suceda-me o contrário.
a) Ao conhecer mais sobre a atuação de hipócrates, que elemento você identifica como uma das marcas da cultura grega?
b) Identifique outra herança grega em nosso cotidiano atual.
Soluções para a tarefa
Hipócrates (em grego antigo: Ἱπποκράτης, transl. Ippokráti̱s; * 460 a.C. em Cós; † 370 a.C. em Tessália) é considerado por muitos uma das figuras mais importantes da história da Medicina, frequentemente considerado "pai da medicina", apesar de ter desenvolvido tal ciência muito depois de Imhotep, do Egito antigo. É referido como uma das grandes figuras do florescimento intelectual grego, como Demócrito, Sócrates e Aristóteles. Hipócrates era um asclepíade, isto é, membro de uma família que durante várias gerações praticara os cuidados em saúde.
Nascido numa ilha grega, os dados sobre sua vida são incertos ou pouco confiáveis. Parece certo, contudo, que viajou pela Grécia e que esteve no Oriente Próximo.
Nas obras hipocráticas há uma série de descrições clínicas pelas quais se pode diagnosticar doenças como a malária, papeira, pneumonia [carece de fontes] e tuberculose.[1] Para o estudioso grego, muitas epidemias relacionavam-se com fatores climáticos, raciais, dietéticos e do meio onde as pessoas viviam. Muitos de seus comentários nos Aforismos são ainda hoje válidos. Seus escritos sobre anatomia contêm descrições claras tanto sobre instrumentos de dissecação quanto sobre procedimentos práticos.
Foi o líder incontestável da chamada "Escola de Cós". O que resta das suas obras testemunha a rejeição da superstição e das práticas mágicas da "saúde" primitiva, direcionando os conhecimentos em saúde no caminho científico.
Hipócrates fundamentou a sua prática (e a sua forma de compreender o organismo humano, incluindo a personalidade) na teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) que, consoante às quantidades relativas presentes no corpo, levariam a estados de equilíbrio (eucrasia) ou de doença e dor (discrasia). Esta teoria influenciou, por exemplo, Galeno, que desenvolveu a teoria dos humores e que dominou o conhecimento até o século XVIII. Sua ética resume-se no famoso Juramento de Hipócrates. Porém, certos autores afirmam que o juramento teria sido elaborado numa época bastante posterior.
Na filosofia prática da medicina atribuída à Hipócrates, e reunida no Corpus Hippocraticum, as doenças, durante um certo tempo, evoluem de forma silenciosa até alcançarem o momento crucial, chamado krisis (crise), momento em que a doença se define, rumo à cura ou não. O bom médico deve identificar o kairós (momento oportuno) de agir. Esse tempo (kairós) não dura muito tempo (khronos) e, portanto, o médico não tem tempo a perder.
FIM.ESPERO TER TE AJUDADO.