Hémon: Meu pai, ao dotar os homens da razão, os deuses concederam-lhes a mais preciosa dádiva que se pode imaginar. Será, por acaso, certo tudo o que acabas de dizer? Eu não sei... e praz aos deuses que não saiba nunca. No entanto, outros há que podem ter outras ideias. De qualquer forma, é no teu interesse que me julgo no dever de examinar o que se diz, e o que se faz, e as críticas que circulam.
Trecho II
Hémon: Queres só falar, e nada ouvir?
Creonte: Escravo de uma mulher, não me perturbe com sua tagarelice!
Hémon: Se tu não fosses meu pai, eu diria que perdeste o senso.
Creonte: Sim? Pelo Olimpo! Fica-o sabendo bem: tu não te alegrarás por me teres censurado e ultrajado assim. (a um escravo) Leva essa mulher odiosa, para que ela morra imediatamente, em minha vista e na presença de seu noivo.
Hémon: Não! Em minha presença ela não morrerá! E tu nunca mais me verás diante de ti! Descarrega teus furores por sobre aqueles que a isso se sujeitarem.
(sai Hémon)
Corifeu: Príncipe, ele saiu possuído de angústia; na sua idade tamanho desespero é para se temer!
Sófocles. Antígona: Sófocles – coleção obra-prima de cada autor. São Paulo: Martin Claret, 2005.
Considerando a obra Antígona, de Sófocles, e os trechos I e II apresentados acima, dela extraídos, julgue o item seguinte.
A personagem Antígona ilustra o que, no teatro grego, é denominado de Hibris, haja vista que, mesmo com sua condenação declarada por Creonte, Antígona persiste, com orgulho e teimosia, para cumprir seu objetivo.
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Resposta:
pergunta pro seu pai
Explicação:
pra sua j
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