Geografia, perguntado por whyromis, 1 ano atrás

(help!)
como a alemanha esta enfrentando o drama de milhares de imigrantes?

Soluções para a tarefa

Respondido por PrettyL
2
a Alemanha novamente se vê no centro de um drama europeu, compelida ou condenada a liderar por causa de sua riqueza e tamanho e pela falta de liderança por parte de Bruxelas e de outros países da União Europeia.

Enquanto a Alemanha tem dificuldade para chegar a um consenso sobre a crise dos imigrantes, uma dinâmica familiar está se desenrolando, com Berlim pressionando seus parceiros para seguirem as regras que nem todos estão dispostos a seguir.

De certa forma, essa tensão tornou tanto a crise grega quanto a dos imigrantes dois lados do mesmo problema. Os gregos viveram de forma extravagante com dinheiro emprestado em euros, que a Alemanha apoiou com seu crédito elevado, e depois contestaram as exigências da Alemanha de austeridade severa quando enfrentaram problemas financeiros.

De modo semelhante, as pessoas no extremo leste da Europa desfrutaram de acesso irrestrito ao grande mercado alemão. Mas recuaram diante das exigências da Alemanha sobre como lidar com os imigrantes não-europeus que atravessam seus territórios em busca de asilo ou trabalho no centro mais rico da Europa.

"A Ucrânia, a questão grega e a crise dos imigrantes mostram quão poderosa a Alemanha se tornou na Europa contra sua vontade, quão central o governo alemão é para a solução dessas grandes questões europeias", disse Christoph Schult, da revista alemã "Der Spiegel". "Eu acho que a chanceler não está particularmente feliz com esse papel e preferiria que outros colaborassem ou assumissem a liderança."

A Alemanha, com frequência chamada de país hegemônico da Europa, está lutando para tentar colocar um fim ao caos dos imigrantes, acentuado nas últimas semanas pela chegada de dezenas de milhares que fogem das guerras no Afeganistão, Iraque e Síria, e para assegurar alguma ordem sistemática na recepção, triagem e distribuição dos requerentes de asilo.

Os países do sul inundados pelos recém-chegados estão inclinados a lhes dar passagem, o que significa que um terço ou mais dos imigrantes para a Europa acaba parando na Alemanha. (Muitos outros vão para a Noruega ou a Suécia.)

Assim, Berlim se sentiu forçada a dar um passo à frente e moldar as respostas da Europa, apesar de sua própria ansiedade –-embebida na história do século passado-– a respeito de parecer arrogante, ditatorial e insensível.

Mas a Alemanha também tem seus próprios interesses, nem todos incorporados na União Europeia. Ela tem sua própria política doméstica, com os partidos da atual "grande coalizão" manobrando cuidadosamente para se distinguirem e se diferenciarem antes das eleições de 2017.

"Esta crise é outro episódio que torna a Alemanha ainda mais central na Europa", disse Daniela Schwarzer, diretora do escritório em Berlim do Fundo Marshall Alemão. "Mas na Grécia e na crise dos refugiados, a Alemanha está trabalhando com um conjunto diferente de países, então também se trata de construção de uma coalizão."

Para a ideia de retirar a Grécia da zona do euro, a Alemanha conta com aliados significativos no norte e centro da Europa, tanto do bloco dos países mais ricos quanto de seus membros mais novos, pós-comunistas.

Mas nem tanto na crise dos imigrantes. O pedido da Alemanha por generosidade e compartilhamento obrigatório do fardo dos requerentes de asilo enfrenta oposição exatamente do mesmo grupo de países, apesar de contar com o apoio da Grécia e da Itália, que estão arcando com o maior fardo da chegada de imigrantes.
Na semana passada, ao visitar um centro para requerentes de asilo em Heidenau, cenário de algumas manifestações violentas anti-imigrantes da extrema direita, Merkel falou sobre a necessidade de tolerância e repetiu suas palavras em uma grande coletiva de imprensa na segunda-feira.
"Ela sempre reage tarde, após ver a direção da opinião", disse Schult, da "Der Spiegel". Em relação à Ucrânia, Grécia e a crise dos imigrantes, "ela costuma intervir tarde, mas geralmente encontra o tom certo", ele disse.

"Ela tem sucesso com essa política de hesitação, e ninguém a culpa", ele disse.
Mas isso não é fácil de ser feito, dadas as divisões que cresceram na União Europeia a respeito da questão dos imigrantes.

Seria mais simples para a Alemanha se o governo polonês concordasse com Berlim na questão dos imigrantes, ou se Paris se manifestasse mais. Mas Hollande é impopular e está sendo desafiado pela extrema direita e Marine Le Pen, de modo que tem se posicionado menos.

"Merkel está em uma posição desconfortável", disse Schult, da "Der Spiegel". "Ela não deseja que a Alemanha lidere, com toda sua história e tamanho.

A minha resposta doi tirada de um livro que ja estudei esse assunto espero ter ajudado!

PrettyL: Foi**
whyromis: obg!
PrettyL: Nada! Espero ter Ajudado Moço :)
Perguntas interessantes