Heloisa Huck (2008) no texto Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à Formação de seus Gestores afirma que “a educação, no contexto escolar, se complexifica e exige esforços redobrados e maior organização do trabalho educacional, assim como participação da comunidade na realização desse empreendimento, a fim de que possa ser efetiva, já que não basta ao estabelecimento de ensino apenas preparar o aluno para níveis mais elevados de escolaridade, uma vez que o que ele precisa é de aprender para compreender a vida, a si mesmo e a sociedade, como condições para ações competentes na prática da cidadania. E o ambiente escolar como um todo deve oferecer-lhe esta experiência”. A transição de um modelo estático para um paradigma dinâmico está fundamentado em quais paradigmas?
Soluções para a tarefa
A transição de um modelo estático para um paradigma dinâmico está fundamentado, principalmente, nos paradigmas da gestão democrática, os quais são fundamentados na participação social.
Estes novos paradigmas, acompanhados por novas demandas sociais, buscam a maior representatividade de todas as partes que contribuem para a qualificação do processo educativo, de forma a buscar a autonomia dos alunos e educadores.
Resposta
Ao serem vistas como organizações vivas, caracterizadas por uma rede de relações entre todos os elementos que nelas atuam ou interferem direta ou indiretamente, a sua direção demanda um novo enfoque de organização e é a esta necessidade que a gestão escolar procura responder. Ela abrange, portanto, a dinâmica das interações, em decorrência do que o trabalho, como prática social, passa a ser o enfoque orientador da ação de gestão realizada na organização de ensino.
É possível afirmar que, tendo em vista o momento de transição entre esses dois
enfoques, a escola se defronta muitas vezes, ainda, com um sistema contraditório em que as forças de tutela ainda se fazem presentes, ao mesmo tempo em que os espaços de abertura são criados, e a escola é instigada a assumir ações para as quais ainda não desenvolveu a competência necessária.
Portanto, a escola e seus dirigentes se defrontam com a necessidade de desenvolver novos conhecimentos, habilidades e atitudes para o que não dispõem mais de modelos e sim de concepções.
Explicação:
Em decorrência da situação exposta, muda a fundamentação teórico-metodológica
necessária para a orientação e compreensão do trabalho da direção da escola, que passa a ser entendido como um processo de equipe, associado a uma ampla demanda social por participação.
Esse paradigma é marcado, sobretudo, por uma mudança de consciência a respeito da
realidade e da relação das pessoas na mesma – se assim não fosse, seria apenas uma mudança de modelos. Essa mudança de consciência está associada à substituição do enfoque de administração, pelo de gestão. Cabe ressaltar que não se trata de simples mudança terminológica e sim de uma fundamental alteração de atitude e orientação conceitual. Portanto, sua prática é promotora de transformações de relações de poder, de práticas e da organização escolar em si, e não de inovações, como costumava acontecer com a administração científica