Há quem compreenda o uso do piercing como uma forma de a juventude expressar sua rebeldia contar os valores sociais. Teria o mesmo valor que tinham os cabelos compridos dos anos 60.
a) O autor concorda com esse ponto de vista?
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b) Para ele, como o jovem poderia demonstrar de forma mais consciente seu desejo de transformação social?
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Soluções para a tarefa
Resposta:
Qual o texto amigo?
Explicação:
Resposta:
Explicação:Leia o texto abaixo escrito pelo engenheiro Haylton Santos, 48 anos e pai de três
filhas, a pedido da revista "Pais e Filhos" sobre o assunto:
"Body piercing: você deixaria seu filho usar?":
O uso do piercing me passa a ideia do “ter que ter”, do ter que usar “porque
minha tribo está usando”. Algo como a caneta Montblanc para os executivos.
Mesmo pensando na questão por um ângulo puramente estético, o piercing
não me agrada. Eu ainda prefiro, por exemplo, os inúmeros aros no pescoço das
africanas, ou os ossos e argolas dos poucos índios que nos restam. Além de me
parecerem mais consistentes em sua beleza particular, tais enfeites têm significado
cultural que ultrapassa uma fase de vida.
Sabemos que as nossas tribos adolescentes não duram mais que alguns
anos e que cada indivíduo deverá se inserir em muitas outras “tribos” ao longo de sua
vida. As cicatrizes permanentes que os fetiches adolescentes dos últimos tempos têm
acarretado (tatuagens, piercings ou cicatrizações) aumentam a responsabilidade dos
adultos, no sentido de reforçar no jovem a informação e o compromisso consciente
com suas escolhas, além do imediato e dos modismos, mesmo que seja um simples
piercing ( simples mesmo?). Tais escolhas passam também pelas questões relativas à
saúde, hoje cada vez mais entendida como um valor cultural. Também me parece que,
além de deixar uma marca indelével, o piercing – dependendo do lugar em que for
colocado – não é propriamente higiênico.
Alguns entendem o uso de enfeites perfurando o corpo como manifestação
do antagonismo próprio do adolescente, questionamento ou crítica à sociedade, ou
tentativa de chocar. Para mim, isso carece de solidez: tem mais jeito de regras e
normas, ou apego exagerado ao modismo. O espírito transformador e crítico é a
colaboração mais rica que a juventude tem para dar à sociedade. Sociedade que
pede, hoje, atitudes prioritárias em relação à AIDS, às drogas e à responsabilidade
social, por parte de jovens mais autônomos e mais conscientes.
Afinal... eu não gostaria que minhas filhas usassem piercings, porque é um
símbolo que definitivamente não me atrai. Mas como essa é uma opinião pessoal, se
alguma delas insistir em pendurá-los pelo corpo, eu de minha parte vou continuar
usando minha caneta Bic, ou outra qualquer que estiver à mão.
(Haylton Santos. Revista Pais e Filhos)
ESSE É O TEXTO CASO ALGUEM QUEIRA RESPONDER RS