Artes, perguntado por rayanamesquita86, 5 meses atrás

há diversos grupos teatrais nas diferentes regiões do Brasil que desenvolvem um teatro declaradamente político, contestando aspecto morais,éticos e organização da sociedade brasileira. Entre esses grupos está a Zona de Arte da periferia-ZAP 18, da cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Comente um pouco sobre esse grupo.​

Soluções para a tarefa

Respondido por nicollifernandesdeo
4

Resposta:

Fundada em 1979, a Cia. Sonho & Drama Fulias Banana constrói uma sólida trajetória teatral que tem como pilares o trabalho em grupo, a pesquisa continuada e a transposição da linguagem literária para o espaço cênico. Em 2002 ganha nova formação e transforma-se em companhia ZAP 18, sigla para Zona de Arte da Periferia, que designa o trabalho de forte conteúdo social e político que passa a ser desenvolvido em sua sede.

A fundação da Cia. Sonho & Drama se dá por iniciativa dos artistas Carlos Rocha, Adyr Assumpção, Luís Maia e Hélio Zollini, em um momento fértil do teatro mineiro, no qual se estabelecem coletivos que compartilham o objetivo de sobreviver de sua atividade teatral e realizar um trabalho contínuo de investigação e criação centrado no ator e na dramaturgia. Nesse cenário, a companhia tem como pares os grupos Oficcina Multimédia, Galpão e Encena.

O primeiro espetáculo da companhia estreia em 1981, após dois anos de estudo sobre a obra de Franz Kafka. A montagem de O Processo ganha o Troféu João Ceschiatti e recebe elogios do crítico Luís Carlos Bernardes: "Abrindo-se ao experimentalismo, o 'Sonho & Drama' não se deixou levar pela euforia da forma, da mera pesquisa de linguagem, como é comum acontecer - e também saudável, por que não? -, mas aplicou forma/pesquisa a um conteúdo, numa proposta politizada, mas não didática ou panfletária. Lúdica, como é bom ao teatro, à arte".1

Com o apoio do Instituto Goethe, a companhia prossegue com a pesquisa sobre a obra kafkiana, montando A Metamorfose, em 1984, e retomando O Processo, cuja temporada inaugura a Sala João Ceschiatti, espaço alternativo para apresentações teatrais no Palácio das Artes. Com esses dois espetáculos, a Sonho & Drama apresenta-se também em Salvador, no teatro do Instituto Cultural Brasil-Alemanha (ICBA).

Em 1985, o grupo investiga o universo de Guimarães Rosa e monta Grande Sertão: Veredas. O espetáculo projeta nacionalmente a companhia, que faz temporadas em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Brasília e em cidades do interior mineiro. Sobre a montagem, Alberto Guzik escreve: "Seguindo uma das mais sólidas tendências contemporâneas, que coloca o ator no centro do fenômeno teatral, [o diretor] encarregou seu elenco de criar aos olhos do público o espaço dos gerais, seus animais, sua flora e seus cheiros".2

No ano seguinte, a companhia estreia, em São Paulo, Antígona, montagem que radicaliza os elementos trabalhados no espetáculo anterior e participa do evento promovido pelo Instituto Goethe em homenagem aos 30 anos da morte de Bertolt Brecht. A atriz Elisa Santana passa a integrar o grupo e ganha o Prêmio Inacen de melhor atriz coadjuvante pela atuação nessa montagem, que recebe também o prêmio nas categorias de melhor iluminação para Carlos Rocha e melhor ator coadjuvante para Helvécio Izabel.


rayanamesquita86: obrigadaa!
nicollifernandesdeo: de nadaaa!
Perguntas interessantes