História, perguntado por Zezinmalaquias, 6 meses atrás

Guerra do Vietinã na cultura pop.​

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Respondido por lukas9375543
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Explicação:

Até então, as estrelas do rock não podiam ter ideologia. Quando a música popular como fenômeno de massas explodiu nos anos 50, o compromisso dos músicos era algo impróprio, um problema, algo que a indústria musical queria ocultar a qualquer preço. Às vezes permitiam atitudes patrióticas, como a de Elvis Presley, que se alistou no Exército em 1958. Nesses anos, em que as novas figuras impulsionadas pela rádio e a televisão tinham acesso às grandes audiências, os empresários não queriam fechá-las em propostas que pudessem dividir os fãs. Mas essa premissa desapareceu há meio século.

O rock com causa foi inventado nos protestos contra a guerra do Vietnã, um conflito que durou 20 anos (de 1955 a 1975) e no qual os EUA se implicaram ainda mais a partir de 1964. Foi a primeira guerra contada detalhadamente, também na televisão, por repórteres enviados ao localo: as filas de caixões de combatentes e as imagens de aldeias camponesas destruídas com napalm impactaram a opinião pública ocidental. O protesto, tímido nos primeiros anos dessa década, estourou com uma força sem precedentes na segunda metade, de mãos dadas com o movimento hippy, que encontrou sua bandeira.

Esse ativismo cidadão e artístico não era uma resposta somente ao Vietnã: a guerra fria era vivida como o prelúdio de uma guerra quente que seria devastadora para o mundo, um fantasma que durante a crise dos mísseis em Cuba, em 1962, estava muito perto. A música que veio depois estava comprometida com muitas outras causas: o desastre de Bangladesh, a luta contra o apartheid na África do Sul, o fim da energia nuclear, a fome, os direitos humanos e até a mudança climática. Mas há 50 anos, nunca se pensou que a música poderia não só parar uma guerra como também começar a mudar o mundo. Repassamos aqui dez canções de diferentes músicos e grupos que tomaram partido naqueles anos agitados.

Where have all the flowers gone (Peter Seeger). Um dos pioneiros da canção de protesto escreveu esta letra, singela mas redonda, em 1955, quando estava sob o foco do macarthismo, mas a gravação só aconteceu em 1964. Converteu-se em uma referência e foi interpretada por muitos outros artistas: Peter, Paul & Mary, Joan Baez, Johnny Rivers e inclusive Marlene Dietrich. O compositor fez questão de abordar o assunto bélico de forma mais explícita quando escreveu Bring them home pedindo o regresso dos soldados.

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