grande criação do governo Vargas da década de 50
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Resposta:
O segundo governo de Vargas foi o segundo governo democrático da Quarta República e ficou marcado por crise política, crise econômica e grande tensão social.
Eleição de 1950:
Vargas concorreu à presidência na eleição de 1950. A estratégia de Vargas foi perfeita e deu-lhe grande vantagem sobre seus adversários. Primeiramente, Vargas procurou apoio de pessoas importantes e que lhe garantiriam uma grande quantidade de votos, como demonstrou sua aliança com Ademar de Barros, político populista muito forte em São Paulo.
Além disso, Vargas procurou realizar alianças com membros do PSD e, até mesmo, aliou-se com membros da União Democrática Nacional (UDN), partido abertamente antivarguista. Candidatou-se pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e enfrentou Cristiano Machado (PSD) e Eduardo Gomes (UDN).
Na campanha, defendeu uma política de bem-estar social, com a ampliação dos benefícios para os trabalhadores, e defendeu a priorização da industrialização para promover o desenvolvimento econômico do Brasil. Vargas também soube moldar seu discurso para cada local do país em que passava e dizia aquilo que as pessoas queriam ouvir.
O resultado da ótima estratégia de campanha não poderia ter sido outro: Vargas venceu por uma larga vantagem os seus adversários e obteve 48,7% dos votos.
Como foi o segundo governo de Vargas?
O segundo governo de Vargas ficou marcado por forte crise política e muita tensão social. Isso foi resultado da postura intransigente da UDN, que prestou oposição ferrenha ao governo e contribuiu para travar a governabilidade de Vargas. A tensão social, por sua vez, resultava da crise política, mas também dos problemas que a economia brasileira .
A questão do salário mínimo
João Goulart, conhecido como Jango, era um quadro promissor do PTB e próximo de Getúlio Vargas. Conhecido por ter uma boa relação com o sindicalismo e por boa capacidade de negociação, João Goulart foi nomeado como Ministro do Trabalho com o papel de aproximar o trabalhador urbano do governo. Goulart conseguiu ter certo sucesso e reaproximou o operariado do governo, mas a classe média distanciou-se.
Isso aconteceu porque João Goulart não era uma figura popular na classe média, que o considerava um “agitador” e, assim, a nomeação dele para o Ministério do Trabalho reforçou os temores dessa classe em relação à implantação de uma república sindicalista no Brasil. A UDN, percebendo esse temor, passou a atacar constantemente o ministro do Trabalho.
Para agravar a situação de Vargas, João Goulart propôs o aumento do salário mínimo em 100%. Essa proposta, quando anunciada, enfureceu militares, a imprensa e a UDN. A pressão sobre Vargas foi tão grande que o levou a negociar com o próprio Jango a sua demissão do Ministério do Trabalho.
O grupo mais insatisfeito com Vargas foi o Exército, que considerava seus soldos baixos e temia que o aumento salarial fosse diminuir as diferenças existentes entre o operariado não qualificado e os militares que possuíam qualificação.
A demissão de Jango tinha como objetivo conter a insatisfação dos grupos de oposição, mas Vargas foi além e colocou no Ministério da Guerra um militar anticomunista. O objetivo era manter os militares sob controle.
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