Gramaticalmente,qual a classificação que se dá a "querido diário"
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Resposta:
O termo vocativo se origina da palavra vocare, que, em latim, significa “chamar”. Esse conceito se refere ao termo, geralmente exclamativo, utilizado, em língua portuguesa, para chamar, convocar alguém ou um elemento personificado (ou seja, a que se dá características humanas). Veja alguns exemplos:
João, onde está a chave do carro?
No exemplo anterior, o termo “João” é um vocativo. Perceba como ele está destacando, por meio de um chamamento, um alguém.
Querido diário, não conte meus segredos a ninguém.
Nesse exemplo, temos que o elemento destacado, aquele que é convocado, que é chamado pelo enunciador. Isto é, aquele com quem se fala. Na oração, é o “diário”, por meio da expressão “querido diário”. Note que a esse objeto é atribuída uma característica tipicamente humana: a de contar fatos a outras pessoas ou, ainda, a outros objetos personificados.
Em relação à estrutura sintática, é importante perceber que o vocativo não faz parte nem do sujeito nem do predicado de uma oração. Sendo assim, pode-se dizer que esse termo não estabelece uma relação sintática com a oração da qual participa, o que reforça seu caráter de termo acessório. Veja mais um exemplo:
Maria, por que não foste ao cinema ontem?
Note que a ligação que o vocativo estabelece com os outros elementos da oração é muito fraca e, por isso, pode-se, com certa facilidade, deslocar esse termo:
Por que não foste, Maria, ao cinema ontem?
Explicação: