governo formado durante a revolução francesa por 5 deputados
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O governo do Diretório, autoritário e fundamentado numa aliança com o exército (restabelecido, após vitórias realizadas em campanhas externas), foi o responsável por elaborar a nova Constituição, a Constituição do ano III (1795), que protegeria os interesses da próspera burguesia comercial de duas grandes ameaças: a república democrática jacobina e o Antigo Regime, com suas instituições feudais que tantos empecilhos criavam para a expansão dos negócios.[2]
O Diretório foi marcado pelo restabelecimento do sufrágio censitário, que elegia as duas câmaras legislativas - o Conselho dos Quinhentos e o Conselho dos Anciãos. Os membros do Diretório (Diretores) eram eleitos por cinco anos. Anualmente ocorria a renovação de um terço do corpo legislativo e a substituição de um diretor.
Durante seus quatro anos de existência, o regime enfrentou levantes e complôs dos realistas, mas também dos jacobinos, tais como a chamada Conjuração dos Iguais, de 1796, um movimento de jacobinos e radicais igualitaristas que propunha a "comunidade dos bens e do trabalho" e que pretendia estabelecer a igualdade efetiva entre os homens - o que, segundo seu líder, Babeuf, só poderia ser alcançado mediante a abolição da propriedade privada. A conjuração foi duramente esmagada pelo Diretório, que decretou a pena de morte para todos os participantes do movimento, inclusive Babeuf, que foi enforcado.
O período do Diretório, frequentemente considerado pela historiografia como um curto período de transição, é também uma época de agitação militar, quando a França enfrentou a Áustria na campanha da Itália e depois, novamente, quando foi formada a Segunda Coalizão. Uma outra empresa audaciosa realizada na época foi a campanha do Egito, que muito contribuiu para a celebridade de Napoleão Bonaparte, um jovem e talentoso oficial do exército que viria a se tornar uma das principais figuras da história da França.
O Diretório também criou um denso aparato de administração, além de instrumentos econômicos que permanecerão durante os regimes seguintes. Culturalmente, o período é marcado pela recuperação da popularidade da religião, a despeito das medidas tomadas pelo regime, que tentava criar, sem grande sucesso, uma cultura republicana.