GNT EU PRECISO QUE ALGUÉM ME AJUDE URGENTEMENTE PFVV ! Alguém pode fazer uma crítica da personagem catarina do livro A Megera Domada ? por favorr ?!
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Resposta:
Catarina, é a megera da peça. No contexto renascentista, a Megera era a mulher de gênio forte e língua afiada, alguém à frente do seu tempo por questionar as atitudes dos homens e se colocar claramente contra certas imposições sociais. A figura da mulher como Megera era um símbolo comum na sociedade em que Shakespeare viveu, uma sociedade que representa retrocesso no papel mais livre que a mulher tinha durante a Alta Idade Média. A Catarina de Shakespeare é justamente um produto não-familiar a esse período histórico, porque não tem absolutamente nenhuma intenção em seguir o modelo feminino subserviente que a cerca. Todavia, ela termina a peça exatamente do modo que sempre criticou: obedecendo as ordens do marido Petrucchio, mesmo que aceitemos essa obediência como uma colocação irônica do bardo, da mulher que concorda com o marido para conseguir o que quer – veja que, mesmo assim, ela permanece muda, sua palavra não tem valor, não alcança nada. Na versão de Zeffirelli, Catarina dá mostras de superioridade a Petrucchio, talvez porque ele fosse um grosseirão propenso a bebedeiras e mais fácil de ser manipulado por subterfúgios, e essa versão do “homem ogro” ganha uma interpretação irretocável de Richard Burton. Há uma cena fantástica que prova bem isso, quando o casal volta para Pádua, para o casamento de Bianca. O jogo de “o Sol é a Lua e a Lua é o Sol” ao qual Catarina se entrega é claramente uma diversão para ela, que está em posição superior a Petrucchio, em cima do cavalo, enquanto ele está em pé, e tem que olhar para cima, a fim de vê-la; mas ao mesmo tempo, ele representa uma gama de sentimentos e fingimentos, algo que com certeza cobrou muito do ator, com ótimo resultado final. Quando se fala de ironias e dupla interpretação no que se refere ao casal, essa é uma das cenas da versão de Zeffirelli que eu posso aceitar a dualidade sem problema algum. Mas o mesmo não se repete na reta final, especialmente na última sequência.
Mesmo que Petrucchio tenha que correr atrás de Catarina ao final do filme (o que talvez indique que a Megera não estivesse assim tão domada, ou que havia domado o “homem ogro”) a interpretação de Liz Taylor para a sequência é genuinamente séria e não indica qualquer ponto de ironia ou sarcasmo no discurso de submissão ao marido, algo que me incomoda sobremaneira e me faz ter a mesma má impressão que tive ao ler a peça, da qual também não gosto. E é sob uma construção social que a megera chega ao fim do filme, independente da interpretação que tenhamos dela e do desfecho da obra. Nino Rota investe em um tema festivo com algumas melodias suaves, destacando, no banquete do casamento de Bianca, a postura sexy e delicada de Catarina. Liz Taylor veste, nessa cena, um oportuno vestido vermelho, e bebe sua taça de vinho de maneira que beira a volúpia, trocando olhares um pouco desconcertantes com Petrucchio. No início, ela era o que diziam dela, uma megera. Ao final, ela era a dócil esposa que Petrucchio desejava. A cada tempo – e isso é uma das coisas que mais me fascinam na personalidade feminina – ela se moldou à situação perfeitamente, construindo várias versões de si. É como dizia Simone de Beauvoir: “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. Resta-nos a discussão sobre que tipo de mulher Catarina se tornou, por fim.
essa foi a versão original de uma crítica
Explicação:
resumido em 30%
Catarina, é a megera da peça. A Catarina de Shakespeare é justamente um produto não - familiar a esse período histórico, porque não tem absolutamente nenhuma intenção em seguir o modelo feminino subserviente que a cerca. Na versão de Zeffirelli, Catarina dá mostras de superioridade a Petrucchio, talvez porque ele fosse um grosseirão propenso a bebedeiras e mais fácil de ser manipulado por subterfúgios, e essa versão do “ homem ogro ” ganha uma interpretação irretocável de Richard Burton. Mesmo que Petrucchio tenha que correr atrás de Catarina ao final do filme ( o que talvez indique que a Megera não estivesse assim tão domada, ou que havia domado o “ homem ogro ” ) a interpretação de Liz Taylor para a sequência é genuinamente séria e não indica qualquer ponto de ironia ou sarcasmo no discurso de submissão ao marido, algo que me incomoda sobremaneira e me faz ter a mesma má impressão que tive ao ler a peça, da qual também não gosto. E é sob uma construção social que a megera chega ao fim do filme, independente da interpretação que tenhamos dela e do desfecho da obra. Ao final, ela era a dócil esposa que Petrucchio desejava.