Artes, perguntado por ellyzandra, 1 ano atrás

Gilberto Gil. Geléia Geral

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Respondido por leovala
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Tropicalismo ocorreu em um momento chave na história cultural brasileira. Ao lado da renovação musical que os baianos e seus companheiros inauguraram, outras áreas se encontravam em plena efervescência. A “geleia geral”, expressão do poeta Décio Pignatari que virou título da canção-manifesto de Torquato Neto e Gilberto Gil, apresentava-se na forma de um País cuja sociedade dividida e contraditória vivia no limiar da modernidade (formiplac, televisão, Jornal do Brasil), mas ainda presa à tradição (bumba-meu-boi, mangueira, céu de anil). O Cinema Novo, o teatro e suas companhias como Arena e Oficina, um intenso pensamento crítico nos jornais e revistas e uma série de trabalhos revolucionários nas artes plásticas criavam as condições de radicalidade estética do movimento.

Os trabalhos ligados ao Tropicalismo assumiram uma posição crítica frente à participação da arte brasileira na linguagem urbana internacional. Ser tropicalista era pensar e propor uma nova imagem do Brasil. Ao se apropriar de elementos transgressores da arte mundial, da cultura de massas e da música pop, o intuito de seus participantes era universalizar não só a música popular, mas toda a cultura brasileira.

O movimento trouxe a polêmica introdução da guitarra e do baixo elétrico nos arranjos de suas canções, rompendo o tradicional formato acústico da música popular brasileira. Suas influências internacionais foram desde os Beatles e seu álbum experimental Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band até a guitarra de Jimi Hendrix e o canto de Janis Joplin. Também foram de grande relevância dois extremos: a participação dos maestros eruditos do grupo Música Nova, sobretudo do genial Rogério Duprat, e o movimento pop da Jovem Guarda.

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