Gilberto Freyre, em “Casa Grande e Senzala”, sistematiza a noção de democracia racial ao dissecar as relações cotidianas da família patriarcal colonial. Na obra, o autor analisa a formação da sociedade brasileira a partir de três elementos culturais distintos: o branco (europeu), o negro (africano) e o indígena (nativo).
Em sua narrativa, Freyre menciona que a miscigenação brasileira se deve a prevalência do elemento português no processo, não por causa de sua suposta superioridade racial, mas, sim, em razão dos contextos histórico e geográfico que privilegiavam o contato luso com os mouros africanos e árabes. Freyre ainda coloca como fator principal no processo de uniformidade da sociedade brasileira não exatamente o encontro das três raças, mas a religião católica, uma vez que os negros eram batizados e os indígenas foram centro das atenções dos jesuítas, com a missão de tornarem os nativos cristãos (FREYRE, 2006).
LAAI, T. Antropologia e Cultura Brasileira. (Apostila)
Segundo o texto podemos afirmar que:
A - A religião católica teve papel de importância fundamental no processo de estruturação da sociedade brasileira.
B - Os portugueses, devido superioridade da cultura europeia, foram o principal grupo na formação da sociedade brasileira.
C - A miscigenação brasileira e o encontro das 3 raças foram o principal fator de uniformidade da sociedade brasileira.
D - Negros e indígenas estavam em segundo plano para a religião católica pois não pertenciam a cultura europeia.
E - Os indígenas que eram o povo nativo do Brasil apresentavam, no contexto histórico, superioridade para a formação da cultura.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A religião católica teve papel de importância fundamental no processo de estruturação da sociedade brasileira.
Explicação:
Resposta Correta
Segundo Freyre, a Igreja Católica foi responsável pela estruturação da sociedade (A).
A expressão "democracia racial" foi elaborada pelo sociólogo Gilberto Freyre ao pensar o cenário brasileiro, em seu livro "Casa Grande e Senzala".
Nas regiões brasileiras, há uma grande parcela de pessoas configuradas como "pardas" e "brancas". Assim, para Freyre, o processo colonial no Brasil possibilitou que a miscigenação fosse dissolvida, não havendo no País uma única raça.
A teoria de Freyre, embora aceita, ela é contestada, pois muitos autores não concordam que haja, no Brasil, democracia racial, pois a raça branca ofuscou e inferiorizou a raça preta. Portanto, o racismo prova que não há uma isonomia entre as raças.
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