Gil Vicente [...] Vem um Corregedor, carregado de feitos, e, chegando à barca do Inferno, com sua vara na mão, diz: Corregedor – Hou da barca! Diabo – Que quereis? Corregedor – Está aqui o senhor juiz! Diabo – Oh amador de perdiz, gentil cárrega trazeis! Corregedor – No meu ar conhecereis que não é ela do meu jeito. Diabo – Como vai lá o direito? Corregedor – Nestes feitos o vereis. Diabo - Ora, pois, entrai. Veremos que diz i nesse papel... Corregedor – E onde vai o batel? Diabo – No Inferno vos poremos. Corregedor – Como?! À terra dos demos há-de ir um corregedor?! Diabo – Santo descorregedor, embarcai, e remaremos! [...] Corregedor – Oh! Renego da viagem e de quem me há-de levar! Há 'qui meirinho do mar? Diabo - Não há cá tal costumagem. Corregedor - Não entendo esta barcagem, nem hoc non potest esse. Diabo - Se ora vos parecesse que não sei mais que linguagem!... Entrai, entrai, corregedor! Corregedor – Hou! Videtis qui petatis! Super jure magestatis tem vosso mando vigor? Diabo – Quando éreis ouvidor / nonne accepistis rapina? / Pois ireis pela bolina / onde nossa mercê for 4 – Qual a relação que se pode estabelecer entre o Corregedor e a sua linguagem?
Soluções para a tarefa
Respondido por
12
Resposta:
A relação entre o Corregedor e a linguagem é a linguagem formal e Portuguesa destacada nas suas falas, dá pra notar também modificações nas escritas, características de um português antigo.
Obs: Eu acho que seria isso, mas posso estar errado ksk
ViihM7:
Vlw ksks
Perguntas interessantes
Português,
6 meses atrás
Português,
6 meses atrás
Artes,
6 meses atrás
Pedagogia,
9 meses atrás
Matemática,
9 meses atrás
Psicologia,
1 ano atrás