Ed. Física, perguntado por hhovfid, 6 meses atrás

Geografia:
1) Por que nas últimas décadas a atividade agrícola brasileira (Monocultura) tem sido voltada para exportação?

2) qual a forma que as propriedades rurais que praticam a pecuária utilizam para deixar o rebanho mais produtivo e rentável?​​

Soluções para a tarefa

Respondido por AlguemAjudaaah
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Resposta:

Monocultura refere-se ao plantio de uma única cultura realizada, comumente, em latifúndios (propriedades rurais de grande extensão exploradas por meio de técnicas de baixa produtividade). Um grande exemplo de monocultura é o cultivo de soja.

Existe ainda a monocultura de animais, que consiste na criação de uma única espécie. Um exemplo é a criação de gado voltada para a produção de carne e leite. Essa prática agrícola ou animal está associada a diversos problemas ambientais, como empobrecimento do solo, desmatamento e redução da biodiversidade.A monocultura é praticada, geralmente, por proprietário de terra que visa à exportação. Logo, a escolha do produto está associada ao mercado internacional. O cultivo de um único produto em uma grande extensão de terra requer a preparação da área. Para que isso seja possível, é preciso retirar toda a cobertura vegetal, o que provoca inúmeros impactos ambientais. São características dessa prática agrícola:

Retirada da cobertura vegetal.

Preparo do solo para plantio.

Cultivo de um único produto diversas vezes na mesma área.

Uso elevado de agrotóxicos.

Consequências da monocultura

A monocultura é uma prática agrícola e pecuária que provoca diversos problemas ambientais. O cultivo de um único produto é extremamente prejudicial ao solo, visto que uma única espécie cultivada sempre em uma mesma área acaba esgotando todos os nutrientes presentes no solo, levando-o à exaustão e ao empobrecimento nutricional.

A monocultura também requer intenso uso de agrotóxicos e fertilizantes, que, se usados com intensidade e de maneira incorreta, provocam a contaminação dos solos, dos lençóis freáticos e dos recursos hídricos próximos à área de cultivo.

Outro problema ambiental associado à prática de um único produto agrícola é o desmatamento. Para viabilizar a produção, é necessário retirar a cobertura vegetal de extensas áreas. O desmatamento, além de provocar alterações climáticas da região, provoca perda da biodiversidade e desequilíbrio ecológico, já que muitas espécies perdem seu habitat e sua fonte de alimentação.

Vantagens e desvantagens

Vantagens

Desvantagens

Produtividade a curto prazo

Esgotamento e empobrecimento nutricional do solo

Redução nos custos da produção

Condições favoráveis para existência, em larga escala, de pragas e doenças

Facilidade no uso de herbicidas

Desmatamento

Permanência de ciclo de pragas e doenças

Desequilíbrio ecológico e perda da biodiversidade

Produção de cultivos para exportação expressiva para a economia

Consumo excessivo de água

A monocultura é uma prática agrícola que remonta ao período colonial, visto que as potências europeias praticavam nas colônias as plantations de exportação, sistema agrícola de exploração colonial baseado em latifúndios, monocultura, mão de obra escrava e exportação. Mundialmente, a produção agrícola concentra-se em monoculturas que produzem em larga escala e que são voltadas para fins econômicos e para o atendimento da demanda alimentícia de toda a população.

A monocultura faz parte da estrutura fundiária do Brasil desde o início de seu desenvolvimento como país agrário, no século XVI. Nessa época, havia o monocultivo da cana-de-açúcar em São Paulo, Minas Gerais e na região da Zona da Mata, no Nordeste do país, onde foi mais acentuado. Essa monocultura visava à exportação para os países europeus.

A Revolução Verde disseminou novas técnicas agrícolas e sementes, aumentando a produção agrícola e impulsionando a monocultura. A indústria foi apropriada pela agricultura, que passou a produzir em larga escala um único produto para o mercado externo.

Saiba mais: Revolução verde e a fome

Posteriormente à monocultura da cana-de-açúcar, o café ganhou o cenário agrícola, tornando-se o principal produto de exportação do Brasil nos séculos XIX e XX. Esse monocultivo era realizado nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. A produção cafeeira estava associada aos latifúndios e à mão de obra escrava.

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