gente tenho que apresentar um trabalho sobre a relação do notebook com a evolução da escrita alguém me ajuda com essa relação? pfv
Soluções para a tarefa
Agora, 2.500 anos depois, estamos às voltas com outra transição revolucionária. Da cultura escrita para a digital, há uma mudança de fundamento como não ocorre há milênios. A forma física que o texto adquire num papiro de 3000 anos antes de Cristo ou numa folha de papel da semana passada não é essencialmente distinta. Nos dois casos, existem enormes diferenças de qualidade e clareza, mas é sempre tinta sobre uma superfície maleável. Na era digital, a mudança é radical. O livro eletrônico oferece uma experiência visual e tátil inteiramente diversa. É uma outra forma. Como diz o francês Roger Chartier, professor do College de France e especialista na história do livro, "a forma afeta o conteúdo". A era digital, sustenta ele, nos fará desenvolver uma nova relação com a palavra escrita. Para a neurocientista Maryanne Wolf, autora de Proust e a Lula, um livraço sobre o impacto da leitura no cérebro, o momento atual é tão singular quanto o da Grecia: "Como os gregos antigos, vivemos uma transição dramaticamente importante no nosso caso, de uma cultura escrita para uma cultura mais digital e visual".
Há séculos que, depois da argila, do papiro e do pergaminho, a humanidade transmite conhecimento no papel. Dos livros manuscritos pelos monges medievais à página enviada por fax, era sempre papel. Lentamente, escrita e leitura passaram a se dar através de telas de vidro - mais propriamente de cristal líquido, de diodos emissores de luz. Começaram a sair livros para leitrura em palmtop, ainda nos anos 90, quando já era possível lê-los no computador e em laptop. Depois, vieram ossmartphones. Por fim, os tablets e os leitores eletrônicos. desses que acabam de chegar ao mercado brasileiro: Kobo, Kindle, Google Play. Nos países ricos, a transição está mais avançada. Desde o ano passado, a Amazon, um mamute do varejo on-line, já vende mais livros digitais do que livros físicos no mercado americano. Na Inglaterra, a virada aconteceu em agosto, em grande parte em razão da acolhida estrondosa de Cinquenta tons de cinza. de E.L. James, que vendeu 2 milhões de exemplares eletrônicos em quatro meses. Na Alemanha, o ano deverá fechar com a venda de 800 mil leitores eletrônicos e tablets, o triplo em relação a 2011. Sob qualquer ângulo que se examine o cenário, é um momemo histórico. Fazia mais de quatro milênios, desde que os gregos criaram as vogais - o alephsemítico era uma consoante, que virou o alfa dos gregos e depois o "a" do nosso alfabeto latino -, que o ato de ler e escrever não sofria tamanho impacto cognitivo. Havia mais de cinco séculos, desde os tipos móveis de Gutenberg, o livro não recebia intervenção tecnológica tão significativa.