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A um Poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma de disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.

Olavo Bilac,
1: o soneto, construído com 14 versos, foi uma forma poética muito apreciada no renascimento e se tornou a preferida dos poetas pararíamos, que procuravam a seguir um esquema computacional rigoroso. Olavo Bilac também se dedicou ao soneto. Em "A um poeta", publicado na obra *Tarde*, ele explica a atividade do poeta. Responda, sobre a primeira estrofe.
A- Quais são as tarefas do poeta?
B- De que modo o mestre ensina o trabalho?

Soluções para a tarefa

Respondido por sabrinasilveira78
36
Olá! Vou tentar te ajudar ;)


"A um Poeta", soneto de Olavo Bilac, apresenta características metalinguísticas, já que fala da arte de escrever poemas.


Destaca o distanciamento do autor para compor o poema, expresso em "longe do turbilhão", comparando-se aos monges Beneditinos que mantêm-se afastados do mundo para realizarem seus trabalhos. 


Como "tarefas" do poeta, podemos relacionar o verso "Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!", entendendo-se o ato de escrever como uma arte ou um ofício, em que o criador teima a reescrita com o intuito de atingir a perfeição da escrita formal.


Quando emprega o termo "lima", está se referindo a polir sua escrita, lapidando-a até que atinja a beleza e a perfeição desejada. No entanto, para que a poesia seja feita com perfeição e beleza, é preciso dedicação e muito esforço, representados pelos termos "sofre" e "sua"


O mestre o ensina a produzir a poesia de modo artesanal/manual, contrariando a produção mecanizada marcante pelo período histórico (Revolução Industrial Inglesa).

Expressa, ainda, que a poesia precisa ter beleza sem trair a verdade, que para conquistar o leitor não é necessário o emprego de firulas.Que é possível construir poesia com beleza e, ao mesmo tempo, simplicidade. 
Espero ter ajudado :)
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