Português, perguntado por malufmoreira3, 1 ano atrás

GENTE ME AJUDA, qual é a linguagem usada em microcontos?

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Respondido por rogersfelisbinp5etg4
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A fonte tipográfica usada é a Janson, e a Editora chega ao requinte de explicar, na página final, a origem de tal fonte, que remonta ao século 17. Antes de alcançar o texto propriamente dito, o leitor já está encantado com o bom gosto da edição e adentra o volume com curiosidade respeitosa.

As narrativas, chamadas de "instantes ficcionais" pelo autor, tiveram como parâmetro um máximo de 130 palavras. A definição, tão ampla quanto vaga, é mais do que apropriada, e qualifica uma experiência de certa forma inédita. Os "instantes" não têm compromisso algum com a estrutura formal do conto, embora alguma exceção ocorra, caso de Línguas, logo no início, um delicioso miniconto de cores borgianas. Tampouco encontram na crônica qualquer parentesco possível, pois não comentam nem opinam sobre uma história real ou fictícia, característica básica desse gênero. Noll chegou a declarar que Mínimos... é o seu trabalho que mais reúne elementos autobiográficos. Não há como se duvidar de tal afirmação, pois os relatos - se é que podemos chamá-los assim - são como instantâneos fotográficos de situações observadas ou vivenciadas pelo autor, é claro que sempre por um prisma absolutamente insólito e que surpreende o leitor pela sua estranheza. Mas a proposta passa ao largo da memorialística.O conhecimento e o gosto pela linguagem cinematográfica são evidentes. O autor também admitiu a tentativa de unir prosa e poesia na procura obsessiva da síntese, decorrente da limitação imposta. Várias passagens de Mínimos... demonstram que essa intenção se confirmou.

A ideia do painel da Criação veio a posteriori da publicação semanal. Em seu ensaio, Wagner Careli explica que a ordem cronológica em que foram escritos os mini textos era "caótica e carente da lógica interna, quase linear que os une"; na sequência em que surgiram, eles "têm seus limites comprometidos à estreiteza do espaço e induzem a um entendimento reducionista, que pode tomá-los como abstrações de sentido escasso e circunscrito à forma".
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