gente, eu preciso que vcs me ajudem a fazer 10 perguntas do texto,"O vicio de comer" do Drauzio Varella=
as pergunta tem que ser de se próprio não pesquisa porque a professora pediu pra criar perguntas
O vício de comer
O povo diz que os gordos são mentirosos e preguiçosos; andam pouco e comem mais do que confessam.
Essa visão preconceituosa está por trás do atraso da medicina no tratamento da obesidade. Quando alguém com excesso de peso procura ajuda médica, a única prescrição que leva para casa é a de reduzir o número de calorias ingeridas.
Existe recomendação mais fadada ao insucesso? É o mesmo que aconselhar o alcoólatra a beber com moderação. Quem consegue controlar a compulsão para comer ou beber não engorda nem fica bêbado.
A primeira descoberta relevante no campo da obesidade só aconteceu nos anos 1990, quando Coleman e Friedman relataram que certos ratos obesos eram insaciáveis, porque apresentavam um defeito genético nas células do tecido adiposo, que as tornava deficientes na produção de leptina – hormônio ligado à inibição do apetite.
Foi a demonstração inequívoca de que havia fatores hormonais envolvidos na obesidade.
Logo ficou claro, entretanto, que essa visão hormonal era incompleta: 1) são raros os casos de deficiência de leptina; 2) muitos obesos, ao contrário, produzem níveis mais altos de leptina, insulina e outros hormônios inibidores da fome, mas são pouco sensíveis a seus efeitos.
A visão atual compara a neurobiologia da obesidade à da compulsão por drogas, como cocaína ou heroína.
Quando a fome aperta, hormônios liberados pelo aparelho digestivo ativam os circuitos cerebrais de recompensa localizados no núcleo estriado. Essa área contém concentrações elevadas de endorfinas, mediadores ligados à sensação de prazer.
À medida que o estômago se distende e os alimentos progridem no trato digestivo, há liberação de hormônios que reduzem gradativamente o gosto que a refeição traz, tornando os alimentos menos atraentes. Os hormônios que estimulam ou diminuem o apetite agem por meio do ajuste fino dos prazeres à mesa.
Carboidratos e alimentos gordurosos subvertem essa ordem. São capazes de excitar sensorialmente o sistema de recompensa a ponto de deixá-lo mais resistente aos hormônios da saciedade. Esse mecanismo explica por que depois do terceiro prato de feijoada, já com o estômago prestes a explodir, encontramos espaço para a torta de chocolate.
À medida que o peso corpóreo aumenta, o organismo responde aumentando os níveis sanguíneos de leptina, insulina e outros supressores do apetite.
Como consequência, surge tolerância crescente às ações desses hormônios. Na obesidade, os circuitos de recompensa respondem mal à presença de alimentos no estômago, exigindo quantidades cada vez maiores para disparar a saciedade. Pessoas obesas precisam comer mais para experimentar a mesma sensação de plenitude acessível com quantidades menores às mais magras.
Como defende Paul Kenny, do Scripps Research Institute, da Flórida: “A obesidade não é causada por falta de força de vontade. Como nas drogas causadoras de dependência, a compulsão pela comida provoca um feedback nos centros cerebrais de recompensa: quanto mais calorias você consome, mais fome sente e maior é a dificuldade para aplacá-la”.
Essa armadilha não lembra, de fato, a que aprisiona dependentes de nicotina, cocaína, álcool ou heroína? O efeito sanfona não é comparável às recaídas dos usuários dessas drogas? Faz sentido: a evolução não criaria um sistema de recompensa para cada forma de compulsão.
Durante milhões de anos, a sobrevivência de nossos ancestrais esteve ameaçada pela escassez de alimentos. Como ativar a saciedade era preocupação secundária, a seleção natural privilegiou aqueles dotados de circuitos cerebrais mais eficientes em estimular a fome do que em suprimi-la.
Os avanços da culinária, a fartura, a disponibilidade de alimentos industrializados ricos em gorduras e carboidratos, os sucos, refrigerantes, biscoitos e salgadinhos ao alcance das crianças, a cultura de passar horas à mesa e a vida sedentária, criaram as condições ambientais para que a epidemia de obesidade se disseminasse.
Segundo o IBGE, há 52% de brasileiros com excesso de peso ou obesidade, número que nos Estados Unidos ultrapassou 70%. Em poucos anos chegaremos lá.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Responda as questões:
1- Quais atividades devem ser praticadas entre jovens e adultos para que o sedentarismo diminua?
2- É correto afirmar que a culinária vegana é a mais recomendada para pessoas que estão obesas?
3- Apresente dois fatores que levam uma pessoa a se tornar obesa.
4- Como defende Paul Kenny, do Scripps Research Institute, da Flórida: “A obesidade não é causada por falta de força de vontade..."
Finalize a opinião de Paul Kenny usando a sua opinião.
5- Complete a frase usando as palavras do quadro.
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|quantidades |
|saciedade |
|circuitos |
|presença |
|_____________|
"Na obesidade, os .............. de recompensa respondem mal à
................ de alimentos no estômago, exigindo ................ cada vez maiores para disparar a .................".
6- O que acontece no organismo quando o peso corpóreo aumenta? Explique com as suas palavras.
7- Discorra sobre o que acontece com o núcleo estriado quando sentimos fome.
8- Qual é a maior consequência deficiência de leptina?
9- Defina sedentarismo usando os seus conhecimentos.
10- A) O que deve ser feito para que o número de brasileiros com excesso de peso ou obesidade diminua?
B) Quem tem maior chance de se tornare obeso?
A)Os jovens
B)Os odultos
C)Os idosos
C)Por que ......... tem maior chance de se tornarobeso?
Questão extra:
11- Quem são/é o principal culpado da obesidade entre jovens e adultos?
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Deu baita trabalhinho em desejo sorte abraços