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3. Explique como a poluição do ar afeta a produção de alimentos e as questões energéticas.
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Resposta:
O ar poluído também pode ser invisível. A inalação de fuligem ou fumaça com material particulado – geralmente referenciada em tamanho por micrômetros, MP10, MP2,5 e MP1 – escurece os pulmões e causa desconforto respiratório e cardíaco, além de doenças como asma e câncer. Alguns MP10 são visíveis, mas é preciso um microscópio para ver o MP2,5 e um microscópio eletrônico para identificar os “ultrafinos”. Quanto menor a partícula, mais fundo nos pulmões ela pode penetrar, levando junto os compostos químicos dos quais é composta. Esse tipo de poluição surge do processo incompleto de combustão (de madeira e plantas, bem como combustível fóssil), poeira e combinações de outros poluentes de fontes diversas, incluindo a agricultura.
O ozônio, gás formado pelas combinações de outros poluentes originados no trânsito, aterros sanitários e agricultura, entre outras fontes, é invisível. Contribuiu para 500 mil mortes em todo o mundo em 2017 e foi a causa de até 23 milhões de atendimentos de emergência em 2015. A exposição ao dióxido de nitrogênio (NO2), um dos precursores do ozônio originado principalmente pela combustão de combustíveis fósseis, pode causar doenças respiratórias e cardiovasculares e ter impactos reprodutivos e de desenvolvimento.
A poluição do ar afeta o clima
Frequentemente chamados de poluentes climáticos de vida curta (PCVCs), o carbono negro (um componente do PM), o ozônio troposférico e o metano contribuem tanto para o aquecimento global quanto para a poluição do ar. Segundo a Coalizão Clima e Ar Limpo, esses três poluentes altamente potentes são responsáveis por entre 30% e 40% do aquecimento do planeta até o momento. Assim como o dióxido de carbono (CO2), eles devem ser controlados para limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C e evitar impactos climáticos catastróficos, como a elevação do nível do mar e a insegurança hídrica.
O carbono negro e o ozônio permanecem na atmosfera por apenas alguns dias. O metano fica por algumas décadas. E são mais de 100 anos para eliminar o CO2. Isso significa que ações para reduzir os PCVCs podem ter efeitos quase imediatos em suas concentrações na atmosfera, com benefícios para o clima e para a saúde. É importante ressaltar que algumas partículas também podem ter efeito de resfriamento ao bloquear a radiação solar, por exemplo, mas sempre haverá benefícios para a saúde com a redução da matéria específica. Os tomadores de decisão devem considerar essa interação ao projetar estratégias para reduzir os PCVCs.
A poluição do ar afeta a água e o clima local
Dos padrões de chuva à intensidade das monções, a poluição do ar pode afetar significativamente o ciclo da água. O material particulado pode reduzir a quantidade de radiação solar que atinge a superfície do planeta, afetando a taxa na qual a água evapora e se move para a atmosfera. Também influencia a formação de nuvens e a capacidade de transporte de água.
A poluição do ar afeta a energia renovável
Os rendimentos da geração de energia solar também diminuem em áreas com alta concentração de material particulado. Limpar a poeira dos painéis solares pode resolver parte do problema, mas o resto é mais complicado: a luz do sol não consegue penetrar completamente no smog, reduzindo a produção de energia dos painéis. Estudos na Índia e na China revelam perdas de até 25% do rendimento potencial nas áreas mais afetadas. Isso pode reduzir as linhas de produção dos fabricantes de energia solar e tem grandes implicações para cidades e países que desejam promover uma transição rápida e econômica para as energias renováveis. No caso da China, por exemplo, a poluição chega a custar em média 11 GW de energia anualmente.
A poluição do ar afeta a produção de alimentos e a vegetação
O ozônio pode danificar as células das plantas e afetar negativamente a fotossíntese, enquanto o material particulado pode reduzir a quantidade de luz solar que atinge as plantas e as culturas alimentares. No ano 2000, as perdas globais de rendimento devido ao ozônio ficaram entre 79 e 121 milhões de toneladas, ou o equivalente a algo entre US$ 16 e 26 bilhões, nos valores atuais. O número inclui perdas de rendimento de até 15% para soja e trigo e 5% para o milho. À medida que a concentração de ozônio aumenta, as perdas também. Esse tipo de poluição causou grandes danos às culturas alimentares na Índia: de 2000 a 2010, a quantidade de culturas de trigo, arroz e soja perdidas por ano poderia ter alimentado cerca de 94 milhões de pessoas. Isso é quase toda a população da Alemanha. Descobertas semelhantes no México mostraram perdas estimadas de rendimento de 3% para o milho, 26% para a aveia, 14% para o feijão e 15% para o sorgo. O ozônio e a chuva ácida, originada pela poluição por sulfato e NO2 (principalmente pela queima de combustíveis fósseis), também afetam outros tipos de vegetação, florestas e até o processo de polinização.
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