Gente ajudaa!!
Preciso de um texto falando sobre etnoeconomia e os indigenas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
A oficina tem por objetivo proporcionar
reflexões sobre a trajetória histórica das relações
entre os povos indígenas e os não indígenas e auxiliar
os professores da rede estadual de ensino na reflexão
sobre a maneira como têm abordado os conteúdos
relacionados à História e Cultura Indígena e na
importância de cada um dos profissionais da educação
no ensino, na divulgação e valorização da cultura, valores,
costumes e saberes dos povos indígenas
O tema deste trabalho poderia se confundir facilmente com o que a antropologia econômica faz. Com
efeito, como o antropólogo brasileiro Roberto DaMatta assinalou em comunicação quando comecei a refletir
sobre o assunto, tudo o que a antropologia cultural ou social tem elaborado desde seus começos como
disciplina acadêmica poderia ser classificado como “etnoeconomia”. Quem quer que tenha estudado
sociedades na periferia do capitalismo (moderno, civilizado ou selvagem) e feito um esforço para compreender
regimes de troca fundados no altruísmo, tem referido a formas locais (“etnoformas”, poderíamos dizer) de cada
povo de realizar o processo econômico. Certamente, a enorme contribuição do trabalho antropológico sobre
sociedades “primitivas” ilumina o caminho para compreensão de modos alternativos de organização da vida
econômica de distintos povos. Entretanto, hoje em dia, um novo desafio para o progresso material tem tomado
a forma da noção do desenvolvimento sustentável. Nessa perspectiva, não se concebe mais o problema
econômico de um grupo de indivíduos em termos apenas de alocação eficiente. É da maior relevância
contemplar o requisito concomitante de sustentabilidade, que significa encontrar soluções tanto eficientes
quanto compatíveis com limites impostos pela natureza (os quais, por sua vez, devem ser reconhecidos). Em
outras palavras, não é qualquer tamanho do sistema econômico que pode ser alcançado. A natureza, o
ecossistema, regras biofísicas e termodinâmicas determinam o que se pode alcançar em dada situação (cf.
Daly, 1996). Este é um problema que exige que se indique a escala da economia que se pode sustentar,
somente depois do que é que a alocação eficiente – foco central da teoria econômica tradicional – pode ser
empreendida.
Na antropologia econômica, procura-se entender o processo pelo qual certos meios – que englobam
parâmetros universais1
na experiência humana – permitem a realização de determinados fins, como quer que
estes sejam definidos. Conforme Polanyi (1944) assinala, por sua vez, “a lição da antropologia econômica é a
fusão inextricável da organização econômica com a social e a cultura em sociedades primitivas” (Dalton, 1971:
16). A idéia, bem exposta por Gras (1927) e por Herskovits (1965), é de prover um senso da variação que
marca a maneira pela qual as pessoas, em toda parte, aplicam meios escassos para a obtenção de
determinados fins. O comportamento econômico, nessa ótica, é entendido como um esforço para se usarem
recursos tendo em vista a satisfação de certas necessidades dentro das restrições fixadas pelos primeiros. Isto
é precisamente o que o economista convencional contempla como foco de sua análise. A antropologia
econômica apropria-se dessa interpretação, aplicando-a às circunstâncias encontradas em grupos que, entre
outros adjetivos, são alternativamente chamados de primitivos, inferiores, tribais, de bando, camponeses,
aborígines, pequenos, exóticos, rústicos, arcaicos, não-materiais, não-letrados, não-máquina, não-pecuniários,
tradicionais, indígenas, etc.