Português, perguntado por Usuário anônimo, 5 meses atrás

· Gênero conto. Escreva um pouco sobre esse gênero textual e diga qual o tipo de conto que você mais gosta.

O CONTO é uma narrativa que cria um universo de seres, de fantasia ou acontecimentos. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e um enredo.
O conto apresenta as seguintes características:

· Espaço delimitado: o local em que se desenvolve a história é delimitado, como uma determinada casa, rua, parque, praça e etc.
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· Tempo marcado: o tempo do conto é marcado. Isso quer dizer que é possível saber em que momento a história acontece.
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· Narrador: a história do conto é contada por um narrador.
· Personagens: o conto contém poucos personagens, porque como é um texto breve, não é possível incluir muitos participantes na história. Os personagens podem ser principais ou secundários.

· Enredo: o conto apresenta sempre um enredo, que é um problema ou situação que dá origem aos acontecimentos de uma história.

1. Tendo como base as informações acima, leia com atenção o conto de mistério, do autor Stanislaw Ponte Preta. Ler o conto é importante, isso ajudará no momento de registrar a sua opinião sobre o texto.

Título: Conto de mistério

· Você conhece algum conto? Quais tipos você conhece?

· Com base no título, do que se trata o texto?

Conto de Mistério

Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos cantos escuros, era quase impossível qualquer pessoa que cruzasse com ele ver seu rosto. No local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à maneira de senha. Parou debaixo do poste, acendeu o cigarro e soltou a fumaça em três baforadas compassadas. Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.

· Como você acredita que essa história acaba?

· Qual o código usado pela personagem para se identificar como a pessoa que era aguardada?

Era aquele. Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná. O outro sorriu e se aproximou: “Siga-me!” – foi a ordem dada com voz cavernosa. Deu apenas um gole no guaraná e saiu. O outro entrou num beco úmido e mal iluminado e ele – a uma distância de uns dez a doze passos – entrou também.

· Ao sair do café, o homem não caminhou ao lado do outro que encontrara. Por quê?

Ali parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Mas o homem que ia na frente olhou em volta, certificou-se de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela. Logo uma dobradiça gemeu e a porta abriu-se discretamente.

Entraram os dois e deram numa sala pequena e enfumaçada onde, no centro, via-se uma mesa cheia de pequenos pacotes. Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas humildes e ar de pobre trabalhador parecia ter medo do que ia fazer. Não hesitou – porém – quando o homem que entrara na frente apontou para o que entrara em seguida e disse: “É este”.

O que estava por trás da mesa pegou um dos pacotes e entregou ao que falara. Este passou o pacote para o outro e perguntou se trouxera o dinheiro. [...]

· Por que os homens entraram em uma sala pequena e enfumaçada?

Saiu então sozinho, caminhando rente as paredes do beco. Quando alcançou uma rua mais clara, assoviou para um taxi que passava e mandou tocar a toda pressa para determinado endereço. O motorista obedeceu e, meia hora depois, entrava em casa a berrar para a mulher:

-- Julieta! Ó Julieta... consegui.

A mulher veio lá de dentro enxugando as mãos em um avental, a sorrir de felicidade. O marido colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal. Ela abriu o pacote e verificou que o marido conseguira mesmo, depois de tanto esforço e economia, comprar aquilo que eles não viam há tanto tempo naquele barraco. Ali estava: um quilo de feijão.

Stanislaw Ponte Preta. “Conto de mistério”. In: Dois amigos e um chato. 25. ed. São Paulo, Moderna, 1986. p. 65-6.

· Como o homem de paletó expressa os seus sentimentos de triunfo para a mulher?

· As hipóteses levantadas por você após a leitura do primeiro parágrafo, foram confirmadas ao final do texto?

· Agora que já fizemos a leitura na íntegra do texto, qual a finalidade do mesmo?

2. Agora é a sua vez
a. Você entendeu o texto? Que tipo de negócio parecia estar sendo feito? Por quê?

b. Que trecho do último parágrafo, mostra que a compra do feijão não é vista como um ato rotineiro, comum, mas sim como um desafio para o personagem?

(· Escreva sobre o que entendeu, mais gostou ou a parte mais importante do conto)​


Aleske: Farei depois
Aleske: Sim

Soluções para a tarefa

Respondido por Aleske
4

Em relação ao gênero textual conto é uma história breve, com poucos personagens, um conflito único e apresenta frequente tensão.

O tipo de conto que mais gosto é do tipo fantástico.

Alguns contos fantásticos:

  1. "Flor telefone moça" de Carlos Drummond de Andrade;
  2. "Sem Olhos" de Machado de Assis;
  3. "A vingança da peroba" de Monteiro Lobato.

1 - A seguir estão as sequências das respostas para as perguntas:

◾ Sim, conheço principalmente os contos fantásticos, que fazem um mix entre a realidade e a ficção. Mas também os contos realistas, com histórias reais; contos de ação; contos de fadas; contos de enigma, etc.

◾ Com base no título, o texto trata de uma narrativa com mistério, em que existe um enigma a ser desvendado.

◾ A primeira coisa que me vem à mente é de que haverá um roubo.

◾ O código usado foi soltar a fumaça do cigarro e fazer três baforadas.

◾ O homem não caminhou ao lado do outro porque eles não querem ser vistos juntos.

◾ Entraram em uma sala pequena e enfumaçada pois era um lugar que não chamava muito atenção.

◾ O homem de paletó expressa os seus sentimentos de triunfo para a mulher através dos berros "Julieta... consegui" e ao colocar o pacote sobre a mesa num ar triunfal.

◾  As hipóteses levantadas por mim no começo não foram confirmadas, o final foi surpreendente.

◾ O texto mostra que existem muitas pessoas que não tem nem um pacote de feijão para a alimentação e que por conta disso quando conseguem tratam-no como um "manjar dos deuses". Faz pensar também que existe muita gente que joga comida fora, enquanto outros passam fome.

2 - a) Sim. Parecia ser um negócio ilegal, devido ao suspense e ao fato de os personagens estarem se escondendo.

b) "o marido conseguira mesmo, depois de tanto esforço e economia, comprar aquilo que eles não viam há tanto tempo".

Entendi que o conto quis passar a mensagem da dificuldade enfrentada por muitas pessoas em para conseguir alimentação. Gostei da surpresa no final e inclusive essa foi a parte mais importante e que chamou mais atenção.

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Anexos:

mayresilva27: Oii, poderia responder minha última pergunta de português? prfvrrr :(
eduardoojps: pfvr me ajudem pfvr gente preciso muito de ajuda
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