Gatos: Os cactos não
Em pleno começo de madrugada, num começo dum mês inédito e tão esperado. Acordo-me com um estrondo, que ainda não decidi se preferia tê-lo ouvido ou não, talvez resolvê-lo na manhã seguinte fosse algo a ter considerado, mas no calor da indignação, só pensei naquele [...] gato. [...]
Lá estavam os dois cactos que dividiam um mesmo vaso, atirados ao chão. Pobres cactos, tão bonitos e fortes, estavam comigo a tanto tempo. Tinham até um vizinho, mas este [...] não caiu, afinal, se tivesse caído, seria muito pior, seu vaso era de argila enquanto o outro era de plástico. [...]
Recolhi com todo cuidado os cactos que clamavam por mim. Esse estresse faz muito mal a qualquer planta e esse gato já deveria ter aprendido isso. [...]
Lá estava eu, em plena madrugada, num misto de sonambulismo e irritação varrendo o chão do quarto de uma terra interminável. Tudo que cai parece que corre para detrás dos móveis a fim de permanecer no chão. Mas, meus cactos não!
Coloquei toda areia de volta no seu vaso, limpei os livros, todos com tanta areia que mais pareciam vasos também. Falando neles, deixe-me explicar onde ficam: Os cactos ficam em cima de livros, que estão em cima de um banco de madeira [...]. Lindo, por sinal.
Limpei tudo, acomodei os livros e a terra. Fiz de tudo para reacomodar os cactos em seus lugares, até coloquei um pouco d’água neles, depois de tanto estresse, eles até que mereciam. Enquanto os gatos esperavam na porta do quarto. São dois. [...]
Fechei a porta do quarto e prometi: Nunca mais entram aqui! Sabendo que amanhã mesmo irão entrar. Aquelas coisas que pensamos quando estamos possessos. [...]
Coisas de gatos e de quem os cria. [...] Eles ronronam e fazem carinho, não paga o transtorno, mas servem muito bem quando precisamos de auxílio sentimental, além de testar nossa paciência e tolerância. Os amo como amo os cactos.
Novamente a tranquilidade da noite, já são quase 4:00 da manhã e eu perdi horas do meu descanso lidando com essa tragicomédia dantesca. Agora é só pedir por sono e esperar adormecer enquanto passam-se as horas e eu precisarei levantar-me. Boa noite.
1 O tempo em que esse texto ocorre está evidenciado no trecho:
“Em pleno começo de madrugada, num começo dum mês inédito e tão esperado.”. (1º parágrafo)
“Lá estavam os dois cactos que dividiam um mesmo vaso, atirados ao chão.”. (2º parágrafo)
“Os cactos ficam em cima de livros, que estão em cima de um banco de madeira...”. (5º parágrafo)
“Fiz de tudo para reacomodar os cactos em seus lugares...”. (6º parágrafo)
“Fechei a porta do quarto e prometi: Nunca mais entram aqui!”. (7º parágrafo)
responde pfvv
Soluções para a tarefa
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12
Letra A) "em pleno começo de madrugada num começo dum mês inédito e tão esperado."
Explicação:"madrugada" e "mês" indicam tempo.
As outras alternativas indicam o espaço, que seria o local onde aconteceu.
Respondido por
2
Resposta:
questão 11: D) os gatos derrubam os cactos no chão.
questão 12: A) “Em pleno começo de madrugada, num começo dum mês inédito e tão esperado.”. (1º parágrafo)
Explicação:
se os gatos não tivessem derrubado os vasos, ela teria acordado ? :)
não.
"madrugada" e "mês" indicam tempo.
denada
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