Garrincha Quando o juiz apitou, encerrando a partida no campinho de subúrbio, aconteceu o grande espetáculo. Um pequeno passarinho muito conhecido naquele lugar, chamado garrincha, pousou sobre a bola de couro esquecida no campo de batalha. Meio pardo e de asas e cauda listradas de preto, também conhecido como garriça ou cambaxirra, o pássaro que tem nome de craque deu alguns pulinhos desajeitados sobre a pelota e bateu asas. Nesse instante, como se tivesse sido chutada violentamente por um jogador invisível, a bola também bateu asas e subiu. Um lançamento perfeito na direção do céu. Os vinte e dois jogadores titulares, mais os reservas, técnicos, dirigentes e todos os torcedores ficaram parados no estádio. Os olhos voltados para o voo maluco da bola, que voou até sumir. E como o dia já estava mesmo começando a virar noitinha, a lua apareceu de repente e engoliu a redonda – como a chamam os locutores esportivos. A bola virou lua, lua cheia, bem cheia e muito brilhante. O campo ficou tão iluminado que os atletas sentiram vontade de começar outro jogo, e só não o fizeram porque o cansaço da peleja disputadíssima não permitiu. O menino quis saber se a bola seria recuperada e o pai disse que não. “Está bem lá em cima, limpa, linda e cheia. Iluminando os grandes estádios, nas grandes cidades, ou os campinhos mais escondidos nos fins de mundo.”. PIMENTEL, Luís. Garrincha. In: Cabelos molhados. Contos. 1ª edição. Brasília: 2006. p. 21-22. Nesse texto, conclui-se que a bola desapareceu no meio da escuridão. a partida acabou por causa do passarinho. o jogador chutou a bola direto para o gol. o passarinho levou a bola para o seu ninho.
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Não, não, não e sim
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