garota das laranjas
Jostein Gaarder
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Mas não foram as laranjas que me chamaram a atenção, e sim a moça que as carregava. Vi imediatamente que ela tinha uma coisa muito especial, algo insondavelmente mágico e encantador.
Além disso, percebi que estava olhando para mim, que de certo modo havia me escolhido entre todos os passageiros que se acotovelavam no bonde5, e, no decorrer de um único segundo, foi como se nós dois tivéssemos firmado uma espécie de aliança secreta. Logo que entrei, ela cravou os olhos em mim, e talvez eu tenha desviado a vista, é bem possível que sim, porque naquele tempo eu era irremediavelmente tímido. Mesmo assim, recordo que, no breve trajeto de bonde, tive certeza absoluta de que nunca mais esqueceria aquela garota. Não sabia quem era nem como se chamava, mas bastou um olhar, o primeiro olhar, para que ela passasse a ter um poder incrível sobre mim.
[...]
GAARDER, Jostein. A garota das laranjas. Trad. Luiz Antonio de Araújo.
5bonde – sm = Veículo elétrico, aberto ou fechado, que se move sobre trilhos, para o transporte urbano de passageiros ou de carga.
Pela leitura do trecho do romance, a garota
vendia laranjas no mercado da cidade.
( )despertou uma paixão à primeira vista.
( )atraía os olhares de todos os passageiros do bonde. ( )transformou a vida das pessoas apesar de sua timidez.
Alguém pode me ajudar é pra amanhã
Soluções para a tarefa
Resposta:Letra B, despertou uma paixão à primeira vista.
Letra A: Incorreta. Pois no texto não vem dizendo que a garota vendia laranja, nem que estavam no mercado da cidade.
Letra B: Correta. O eu lírico se encantou com a garota logo que a avistou.
"Mas não foram as laranjas que me chamaram a atenção, e sim a moça que as carregava. Vi imediatamente que ela tinha uma coisa muito especial, algo insondavelmente mágico e encantador."
Letra C: Incorreta. No texto não vem dizendo que os passageiros estavam a olhando, apenas que a garota escolheu encarar o eu lírico em meio a tantas pessoas.
"havia me escolhido entre todos os passageiros"
Letra D: Incorreta. Além de não falar nada sobre transformação, no texto vem dizendo que o eu lírico é quem é tímido.
"porque naquele tempo eu era irremediavelmente tímido"