Português, perguntado por AnnaaClaraMartins, 10 meses atrás

GALERA ME AJUDEM, E URGENTE. MUITO URGENTE!
AULA: E A CONVERSA COMEÇA ... OU A ARTE DE DIALOGAR
Uma das principais constatações, ao tratarmos dos problemas concernentes à banalização dos valores, é a
banalização da palavra. Desde o seu uso irresponsável até o esvaziamento dos seus significados. Mas um grupo
social, qualquer que seja ele, só chega a esse estado de coisas através de uma outra prática banal: o esvaziamento
do vínculo entre pessoas – vínculo que também se expressa na qualidade de seus diálogos.
Em qualquer lugar onde o vínculo humano perdeu a importância, as pessoas se encontram, mas não
dialogam, mesmo que falem sem parar: uma anseia pelo calar do outro para chegar a sua vez de falar. Os
encontros se tornam, então, previsíveis e automáticos, sem nenhuma criatividade. Perde - se a maior graça do
encontro: o seu ineditismo; a possibilidade de criar, juntos, novos sentidos, outros significados para o que se vive
e para a experiência de mundo. E é justamente esse ineditismo a natureza do diálogo.
Dialogar não é simplesmente falar. É também ouvir. E silenciar. Pois é no silêncio que ponderamos,
“esperamos o terceiro pensamento”, como escreveu Guimarães Rosa. “Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos”, disse Carlos Drummond de Andrade. Não dialogamos para reforçar o que “já sabemos”, mas para
construir novos significados. É uma forma de se relacionar, de criar com o outro.
O barulho e o bulício cotidianos, principalmente nas grandes cidades, mas não apenas nelas, são em parte
fruto do alcance global dos meios de comunicação de massa. O apelo incessante para sempre estarmos
“ocupados”, “fazendo algo”; as informações prontas, efêmeras e velozes nas timelines das mídias sociais; o apelo
incessante para que opinemos sobre tudo, mesmo desconhecendo o assunto em pauta... São muitas as formas que,
disfarçadas de comunicação, nos distanciam do diálogo. Assim, quanto mais nos “comunicamos”, menos criamos
novos significados. Como observou o pensador francês Gilles Deleuze, na falta do que dizer, só resta “um
incessante tagarelar”.
No mundo do automatismo desenfreado do “tagarelar”, desconhecemos a potência da nossa própria fala,
de tanto a lançarmos no vazio. E desconhecemos a potência do outro, pois não sabemos escutá-lo. O dizer se
torna, assim, inútil, e as palavras perdem a força, isto é, a potência de significar.
Um dos posicionamentos mais desastrosos para o cultivo do diálogo em mídias sociais é a mistura
constante da vida pública com a vida privada. Desde as confissões dos afetos mais íntimos publicação de fotos
tiradas em momentos reservados da vida pessoal. Mas um tipo de postagem que desperta imediatamente
desconfiança e constrangimento é aquele que, por não conter um destinatário explícito, nem especificar o
contexto em que foi enviado, pode gerar uma série de mal-entendidos. Qualquer pessoa pode se identificar com a
mensagem e pensar que é com ela, ou dela, que estão falando. Dado o mal-estar que costumam gerar, as
mensagens indiretas dizem mais sobre quem as escreveu e não sobre a quem foram endereçadas. É esse território
perigoso, onde nunca sabemos quem exatamente está nos observando, que esta aula pretende problematizar.
VEJA ABAIXO ALGUNS EXEMPLOS:
PESSOA 1 = Tem gente que se acha #aff
PESSOA 2 = Gente que posta “fotinha” fazendo biquinho pro espelho #VocêEstáFazendoIssoErrado
PESSOA 3 = Inveja mata, viu! #BeijinhoNoOmbro
PESSOA 4 = Eu vou cuidar da minha saúde, porque da minha vida já tem quem cuide #AinvejaTemFacebook
PESSOA 5 = A fila anda, tá? #SouMaisEu
PESSOA 6 = Gente que não sabe nem escrever direito #AgenteVêPorAqui
Responda, em seu caderno, as perguntas abaixo:
A) Possíveis contextos em que A PESSOA 1e PESSOA 4 escreveram:
B) Os potenciais destinatários para quem “a carapuça serviria” na visão da PESSOA 4 e PESSOA 6:
C) Eventuais intrigas que estariam “por trás” da postagem da PESSOA 5.

Soluções para a tarefa

Respondido por brunacruzz
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Resposta:

A)contexto  da pessoa =O contexto que ela se referindo era que alguém está  se achando superior a alguém.

contexto da pessoa 4=O contexto que ela usou foi que tem pessoas cuidando da vida dela

B)Pessoa 4 se refere a quem cuida da vida dela e a pessoa 6 se refere a alguém que cometeu algum erro de ortografia

C)Possivelmente a pessoa rompeu algum vinculo afetivo e quer dizer que vai encontrar alguém para substituir aquela pessoa

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