(G1 - ifpe) Em 1793, durante a Revolução Francesa, a Convenção, eleita por sufrágio universal em setembro do ano anterior, criou a Lei dos Suspeitos. O Terror foi responsável por milhares de mortes na guilhotina. Essas pessoas foram consideradas, em geral, “inimigas da revolução”. O advogado jacobino Maximilien Robespierre foi um dos principais nomes dessa fase da Revolução. Ele defendia que o Terror só poderia ser praticado se fundamentado na virtude. Ele mesmo se autoproclamava “O Incorruptível”. Sobre o Terror e sua moral, assinale a alternativa CORRETA. *
a) O Terror foi praticado para proteger os chamados “bons cidadãos” franceses, o que era plenamente compatível com os princípios revolucionários de liberdade, igualdade e fraternidade.
b) O Terror, em nome da liberdade e da Revolução, instaurou o chamado “despotismo da liberdade”, sendo a Lei dos Suspeitos um mecanismo autoritário de criminalização dos indivíduos.
c) O uso da violência pelo Terror, em nome da liberdade, atingiu apenas criminosos de todo tipo, poupando os cidadãos que demonstrassem seguir os princípios do governo revolucionário.
d) A violência foi praticada sobre o estamento nobreza, uma vez que esta, durante séculos anteriores, impediu o avanço da burguesia ao poder e massacrou camponeses, poupando outros grupos.
e) O Terror, apesar de brutal, seguiu a lei vigente e os mecanismos jurídicos mais modernos criados pela Revolução, em processo democrático, e aceito pela maioria.
Soluções para a tarefa
Resposta: é a b) O Terror, em nome da liberdade e da Revolução, instaurou o chamado “despotismo da liberdade”, sendo a Lei dos Suspeitos um mecanismo autoritário de criminalização dos indivíduos.
Explicação:
Resposta:
B) O Terror, em nome da liberdade e da revolução, instaurou o chamado “despotismo da liberdade”, sendo a Lei dos Suspeitos um mecanismo autoritário de criminalização dos indivíduos.
Explicação:
A questão trata do período da Revolução Francesa que ficou conhecido como o Terror. Trata-se do momento de domínio jacobino da república revolucionária francesa, com apoio dos sans-culottes e demais populares de Paris. A Convenção jacobina foi responsável por uma radicalização da revolução, o que foi entendido como necessário para assegurar as conquistas revolucionárias e impedir que as forças contrarrevolucionárias lograssem destruí-las. É preciso lembrar que, no momento de ascensão dos jacobinos, a Revolução estava em perigo por ameaças internas (a Revolta da Vendeia) e externas (as coalizações das potências absolutistas e da Inglaterra para sufocar o movimento) − agravadas pela continuidade da crise econômica. Assim, a saída pela radicalização moral garantiu uma maior coesão interna do regime revolucionário, fechando suas fileiras contra qualquer forma ou nível de dissenso. Esse foi o sentido do chamado despotismo da liberdade defendido por Robespierre, estabelecendo uma ligação estreita entre a moral e a política, ao promover a máxima de que os interesses políticos da revolução exigiam a prática constante e cotidiana da virtude por todos os cidadãos franceses.