(Fuvest-SP) Curiosamente, apesar das limitações impostas por uma base material e técnica rudimentar, a Europa medieval tardia (séculos XII a XV) vivenciou, pelo menos no plano da religião e do ensino nas universidades, uma unidade tão ou mais intensa do que a da atual União Europeia, alicerçada na complexa economia capitalista. Em face disso, indique:
a) Como foi possível, naquela época, diante da precariedade das comunicações e da base material, ocorrer essa integração?
b) As principais características das universidades medievais.
Soluções para a tarefa
A - Esta integração foi possível pois a religião europeia era centralizada - o cristianismo católico -, de modo que, apesar das dificuldades tecnológicas, a mesma religião era praticada do mesmo modo em toda a Europa. Além disto, havia poucas universidades, de modo que toda a Europa gravitava em torno de alguns centros mais importantes, como a Universidade de Bolonha, de modo que "todos" aprendiam, basicamente, as mesmas coisas.
B - As universidades medievais eram profundamente influenciadas pela Igreja Católica - que inclusive mantinha muitas -, extremamente exclusivistas, só sendo frequentadas por nobres e pela alta burguesia, e mais "humanistas" que técnicas, com uma formação geral que envolvia elementos teológicos e filosóficos além do ensino técnico de cada curso.
Resposta:
GABARITO
a) A integração no Ocidente medieval europeu estava fundada na identidade cristã – liderada pela Igreja, que transmitiu a herança greco-romana – e no intercâmbio que as universidades permitiam ao receber alunos e professores de diversas localidades.
b) As universidades substituíram os mosteiros como centros de saber. Na transição dos mosteiros para as escolas citadinas ocorre uma transformação dos conteúdos, das formas e das finalidades das atividades intelectuais. No centro do poder das escolas, uma corporação de mestres e estudantes que, apesar de receber forte influência da Igreja, gozava de relativa autonomia. Uma universidade completa era composta de quatro faculdades: artes (que chamaríamos de letras e ciências), medicina, direito e teologia.