Administração, perguntado por michelilou2018, 3 meses atrás

Fulano sonha em voltar a residir em sua cidade de infância, numa localidade distante do interior do Estado. A fim de juntar o dinheiro necessário para a mudança, Fulano passa a trabalhar no açougue de Beltrano de segunda-feira a sábado, das 7h às 17h. Fulano recebe mensalmente um valor pouco acima do salário mínimo e submete-se diretamente à autoridade de Beltrano. Como tem pressa para aumentar sua renda, aos domingos, Fulano realiza "bicos" (atividade remunerada informal e sem qualquer vínculo jurídico) como entregador de alimentos, pedreiro e pintor em reparos prediais, etc. Desde quando começou a trabalhar no açougue de Beltrano, Fulano foi bastante sincero em dizer que gostaria de trabalhar apenas alguns meses, para então retornar à cidade natal. Beltrano então entendeu que, diante da brevidade do contrato de trabalho, assim como a realização informal de outras atividades remuneradas da parte de Fulano, seria desnecessária a regularização formal do contrato de trabalho. Assim, o contrato restringiu-se a sua forma verbal, assim como não foi preenchida corretamente a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) de Fulano. Este, por sua vez, pensando apenas no futuro retorno à cidade de origem, pouca importância deu ao assunto. Passados alguns meses, Beltrano comunica verbalmente a Fulano sua demissão. O empregado anima-se com o ocorrido, pois julga que as verbas da rescisão trabalhista sem justa causa poderão ser o montante final necessário para sua mudança de cidade. Ocorre que Beltrano não quita junto a Fulano seus direitos, alegando inexistência do contrato de trabalho, provado pela ausência de registro em carteira ou mesmo de contrato formal de trabalho. Desolado, Fulano procura Sicrano, advogado trabalhista, para reclamar seus direitos. Como excelente advogado que é, Sicrano logo lembra um princípio jurídico-trabalhista como instrumento de se provar a existência do contrato de trabalho e o direito de Fulano às verbas rescisórias.

Com fulcro no texto, avalie qual princípio jurídico-trabalhista melhor se adequa para tutela dos direitos de Fulano.

Selecione uma alternativa:
a)
No caso em tela, o princípio da norma mais favorável é o mais adequado.

b)
No caso em tela, o princípio da condição mais benéfica é o mais adequado.

c)
No caso em tela, o princípio da primazia da legalidade é o mais adequado.

d)
No caso em tela, o princípio da primazia da realidade é o mais adequado.

e)
No caso em tela, o princípio da autonomia da vontade é o mais adequado.

Soluções para a tarefa

Respondido por LarissaMoura3
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Ao analisar os princípios jurídico-trabalhistas, temos que a afirmativa correta é a letra d)  No caso em tela, o princípio da primazia da realidade é o mais adequado.

Analisando o caso exposto no enunciado da questão, é possível concluir que o caso apresentado o princípio mais adequado consiste no princípio da primazia.

O princípio da primazia ressalta que o que vale consiste no que ocorre realmente e não somente no que está escrito. Nesse princípio, a verdade dos fatos se sobrepõe sobre qualquer contrato formal, ou seja, se ocorrer conflito entre o escrito e o que de fato ocorre, prevalecendo o que ocorre de fato.

Bons estudos!

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