Fragilidade nas Cidades Latino-Americanas
A América Latina é uma das regiões mais urbanas do planeta. Três de suas cidades estão entre as
maiores do mundo: Buenos Aires, Cidade do México e São Paulo. Atualmente, 82% da população
da região mora em cidades. Muitas cidades latino-americanas sofrem da chamada “periferização”:
são fragmentadas, segregadas e excludentes. Em suma, são frágeis. Grande parte da urbanização
da região se dá longe dos holofotes das megacidades, mas, em lugar disso, em 310 cidades com
população superior a 250 mil habitantes e outras 16 mil cidades menores.
A elite se beneficiou da revolução urbana na América Latina, mas os pobres continuam enfrentando
dificuldades para ter acesso a serviços básicos como segurança, transporte público, água e
saneamento. As cidades da região também estão entre as mais desiguais: aproximadamente 111 de
seus 588 milhões de habitantes residem em favelas. Além disso, 47 das 50 cidades com maior
número de homicídios do planeta são latino-americanas (dados de 2015) [disponibilizado pela
publicação inglesa The Economist]. Cidades dos países El Salvador, Honduras, México e Guatemala
encabeçaram a lista. Enquanto isso, o Brasil conta com o alarmante número de 32 cidades na lista,
a maioria delas concentrada no litoral nordeste.
Há fortes indicadores de que a violência letal continuará aumentando nas cidades latino-americanas,
ao contrário do que acontece em praticamente todos os outros lugares do mundo. Não é de se
surpreender que quem mora nas cidades identifique a insegurança como principal problema a ser
enfrentado.
Não são necessariamente as cidades grandes, e sim as que estão em crescimento acelerado as que
estão mais suscetíveis à fragilidade. Como mostra uma nova visualização de dados sobre cidades
frágeis, capitais como Buenos Aires, Cidade do México e São Paulo têm taxas de criminalidade
violenta abaixo das médias nacionais. Cidades que crescem acima dos 4% ao ano, no entanto,
tendem a apresentar taxas de homicídio desproporcionalmente mais altas. Outros riscos de
fragilidade urbana são: a presença de instituições não sólidas de segurança e justiça, o alto
desemprego entre jovens e, principalmente, a desigualdade social e de renda. Cidades como San
Juan (Porto Rico), Santo Domingo (República Dominicana), Salvador (Brasil) e Porto Príncipe (Haiti),
por exemplo, registram taxas de desemprego de 14% a 49%. Quanto mais desigual o local, maiores
as taxas de violência.
Por outro lado, a região tem exemplos promissores de governos – em especial autoridades
municipais – que estão incorporando novas abordagens para combater os fatores que promovem a
criminalidade. Muitos estão adotando políticas baseadas em dados para melhorar a segurança
pública. Os bons resultados não se devem ao reforço do policiamento, ao aumento das penalidades
ou à construção de mais prisões, e sim a novas abordagens preventivas, à reprodução de soluções
inovadoras e à aplicação em escala de casos bem-sucedidos. Há algumas ações focalizadas, como
estratégias de dissuasão de delitos, terapia cognitivo-comportamental e intervenções na primeira
infância, que podem gerar dividendos positivos na prevenção da criminalidade. Já outras medidas
comuns, como o patrulhamento comunitário, a recompra de armas e programas de abstinência, são
menos eficazes na redução da violência.
Fonte: CARVALHO, IIona Szabó de; MUGGAH, Robert. Como reverter à fragilidade das cidades
latino-americanas. Nexo Jornal
.
Após a leitura do texto responda as questões abaixo:
1. Quais são os motivos para a elevada criminalidade nas cidades latino-americanas?
2. Defina os principais problemas enfrentados pelas cidades latino-americanas?
3. Baseado nas suas vivências, você concorda com o texto? Por quê?
4. Quais países possuem mais cidades na lista das cidades mais violentas do mundo?
5. O que as autoridades públicas tem feito para melhorar a segurança pública em algumas
cidades latino-americanas?
6. Comente a seguinte frase do texto: “Os bons resultados não se devem ao reforço do
policiamento, ao aumento das penalidades ou à construção de mais prisões, e sim a novas
abordagens preventivas”.
Soluções para a tarefa
Respondido por
5
Resposta:
1- devido ao grande número de trágicos de narcóticos o que desencadeia problemas,em outras áreas sociais como furtos,assasinatos etc...
2- desigualdade sociais,dependência financeira,alto grau de violência.
4- San juan(Porto Rico),Santo Domingo (República Dominicano),Salvador (Brasil) e Porto Príncipe(Haiti).
•||||:::::não tenho certeza se estão certas,pq eu tb estou fazendo essa atividade,mas boa sorte! <3
aliciadll:
obgdd<3
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