forro estilizado e suas histórias
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Embora seja um termo que divide opiniões de estudiosos, músicos, pessoas da indústria da música, ninguém duvida que o berço deste gênero foi a cidade de Fortaleza, ligada aos chamados bandas de bailes, onde vários estilos musicais eram tocados por uma mesma banda durante a noite, dos quais a lambada era o mais característico. Refletindo esta nova maneira de se entreter, a indústria fonográfica resolveu . Artistas como Jorge de Altinho capturam esta mudança no perfil dos bailes e incorpora instrumentos que até a esta altura eram estranhos ao forró, como o baixo elétrico, a bateria e a guitarra elétrica.
Mas a artista que representou uma ruptura completa entre o estilo do forró tradicional e o balanço foi Eliane . Conhecida como "a rainha do forró" trouxe o romantismo, as letras pueris e a sensualidade feminina nunca antes vista e abordada no gênero tradicional.
CríticasO forró eletrônico tem sido alvo de críticas severas.[3] Geralmente enquadrado na chamada cultura de massa, não apenas pelos ouvintes mais conservadores, mas também por artistas de forró tradicional. A modernização das letras, o constante apelo à sexualidade e a intensa apologia a bebidas alcoólicas, ao frequente uso de novas tecnologias e o uso de versões são denunciados como algumas das características que pesam contra.
De certa forma, o forró eletrônico está para o forró como o sertanejo universitário está para a música caipira, e ambos compartilham o desdém de serem considerados estilos bregas por muitos dos admiradores dos estilos tradicionais de que se derivavam. Regis Tadeu em sua crítica para o Yahoo! disse que "[nada] é aproveitável. Do tal 'funk' ao 'pagode xexelento (...) do sertanejo "universitário (...)" ao tal 'forró eletrônico', o que se vê e ouve é [um] tsunami de lixo musical inédito na história da música brasileira."[4]
Em 2011 o músico Chico César que na época era secretário de cultura do município de João Pessoa causou polêmica ao dizer que o município não iria contratar bandas de forró eletrônico para a sua tradicional festa junina referindo-se a elas como "bandas de plástico".[5] O termo foi considerado preconceituoso e a postura adotada foi vista como segregacionista e excludente por músicos e fãs.
Cronologia 1984: Luiz Gonzaga introduz no seus discos bateria, guitarra, baixo e outros instrumentos elétricos. (Ainda dentro dos padrões do forró original)1990-1995: Mastruz com Leite, Banda Aquárius, Cavalo de Pau, Mel com Terra e Banda Styllus são as primeiras do nordeste a difundir o novo conceito de forró, cujas canções falavam de vaquejada;1996-1998: Bandas como Magníficos, Calcinha Preta, Limão com Mel e Caviar com Rapadura introduzem uma linha mais romântica no forró e exportam o ritmo para fora do Nordeste, se apresentando em programas da mídia de massa de São Paulo, a exemplo de Raul Gil, gerando imenso mercado para a música com base no acordeon.1999-2003: A banda Brasas do Forró vem com o estilo forronerão, que mescla forró com elementos do sul do país. Surgimento de novas bandas como Cheiro de Menina, Forró Saborear, Aviões do Forró e Garota Safada. Surge também o forró universitário com o Falamansa, com a volta do puro forró pé-de-serra.2004-2008: O forró muda radicalmente. Suas letras, que antes falavam de amor e de vaquejadas, dão mais espaço ao apelo sexual e ao consumo de álcool. Cresce acentuadamente o número de novas bandas e das canções de duplo sentido.2009-Atualmente: Wesley Safadão e Aviões do Forró são as referências do novo modelo de forró contemporâneo, já totalmente fora dos padrões do forró original.