forneça uma explicação para o aumento das pragas urbanas
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Resposta:
As mudanças climáticas afetam a vida de todos os seres vivos, não somente os humanos, mas todos que habitam o ecossistema terrestre. Para se ter uma ideia da gravidade do que estamos falando, no que diz respeito às pragas urbanas – que incluem ratos, escorpiões, formigas, cupins, entre outros – o aumento da temperatura acelera o metabolismo das pragas, fazendo com que a reprodução de insetos se intensifique. Pode haver aumento inclusive da reprodução de insetos voadores como o Aedes Aegypti, que pode transmitir doenças como a dengue e da Febre Chikungunya. Em relação aos períodos chuvosos de fim de ano, a incidência de alagamentos pode desalojar ratos e escorpiões, sendo que os primeiros transmitem inúmeras doenças, inclusive a peste bubônica, e acidentes com escorpiões podem ser fatais, dependendo da faixa etária e condições de saúde da pessoa picada.
Segundo Daniela Fernanda dos Santos, bióloga da ByControl Soluções em Controle de Pragas, o aumento da temperatura e umidade no período da primavera favorece a reprodução das pragas urbanas. “Desta forma, nesta época do ano temos uma explosão na população de pragas, pois seu metabolismo aumenta e há grande oferta de alimento e água”, destaca Daniela Santos.
Pragas mais comuns
Com a chegada da primavera, as pragas que mais se proliferam são o cupim, a formiga urbana e as baratas.
As revoadas de cupim são famosas neste período, quando os “siriris” ou “aleluias” voam ao redor da lâmpada em busca de acasalamento e formação de novas colônias. O cupim de solo é a espécie que causa mais danos, pois aproveitam as imperfeições das edificações, como juntas de dilatação, espaço entre colunas hidráulicas e alvenaria e redes elétricas para invadirem as residências e formarem ninhos secundários. “Esses cupins se alimentam de materiais à base de celulose, como livros, madeira dos armários embutidos, batentes, guarnições e rodapés”, explica Daniela Santos.
A formiga urbana atua como vetor mecânico de microrganismo patogênico e pode transmitir bactérias, pois transitam em pequenos espaços e podem ser levadas e trazidas para diferentes locais como residências, hospitais e restaurantes por meio de objetos, vasos de plantas, caixas de madeira ou até outras pessoas. “Se a pessoa não estiver preparada e orientada para controlá-las, essas pequenas e aparentemente inofensivas formiguinhas podem contaminar ambientes e alimentos com microrganismos de diversas doenças“, alerta a bióloga.
As temidas baratas também são vilãs da temporada. Como estão constantemente em contato com todos os tipos de resíduos, restos de alimentos e esgoto, podem transportar vários tipos de bactérias e fungos que causam sérias doenças, como Hepatite A, alergias, intoxicação alimentar, cólera, diarreia, entre outras. “As baratas têm uma grande capacidade reprodutora, chegando a colocar 420 ovos em seu ciclo de vida dependendo da espécie, buscam abrigo em locais de difícil acesso e se alimentam de restos de alimentos e dos mais diversos resíduos”, destaca Daniela.