Question

Formiguinha

A fazenda – longe de tudo – afastava de nós as balas industrializadas e as guloseimas da mercearia. O açúcar mascavo formava bolotas duras como pequenas pedras, de um tom escuro, quase marrom. Tinha outro nome – açúcar amarelo. Uma iguaria. [...]



Naquele dia, fiquei rodeando a porta da despensa por algum tempo. [...] Estava bem perto de onde se guardava a preciosidade. Fiquei olhando a porta fechada e o movimento das outras crianças que terminavam de almoçar. [...]



– Izabel, vamos brincar de pegar, lá fora? [...]



– Não. Estou brincando com o Léo e o Téo. O sol está forte.



Minha irmã não insistiu. Arrastou outra criança com ela.



Quando a sala esvaziou, abandonei Léo e Téo [...]. Caminhei deslizando os pés lentamente [...]. Na saleta apertada apertei os olhos [...]. É mais para lá. Pisei em algo. Olhei para baixo [...]. Um pé descalço se materializou e logo depois o corpo todo de minha irmã Ana.



– O que você está fazendo fechada aqui dentro?



– Eu estava pegando açúcar como você, quando a mãe viu a porta aberta, trancou por fora. Eu não podia sair. [...] Vou sair agora porque estou com sede. Vou encostar a porta. Não demore senão alguém tranca você.



Ela deslizou pela sombra. Ouvi a voz zangada de minha mãe lá fora. E agora?



– Tranque essa porta. Você estava pegando açúcar. Venha enxugar a louça.



– Eu não. Estava só fechando a porta.



Escutei o ruído típico da tramela trancando a saída.



O coração aos pulos. Agora tudo tinha dado errado. Eu estava no escuro fechada na despensa. As pernas ficaram moles. Espiei a fresta amarela. Hum! Mas, as delícias ainda estão ali. Abri a outra tampa. [...] Tem pouco. Está muito no fundo. Fiquei na ponta dos pés. Espichei os dedos. Enfiei a cabeça pela fresta aberta e alcancei um punhado. [...]



A tramela se moveu. A porta se abriu. [...]



– Saia daí. A mãe vai desconfiar. Você fica fazendo barulho.



Com os olhos cheios de escuro e lambendo a mão cheia de açúcar, segui minha irmã mais velha. [...] Sentei embaixo do pessegueiro. Devorei como uma formiguinha a delícia [...]. Nenhuma culpa.

O desfecho desse texto se dá quando
1 - ( ) a irmã da narradora pergunta o que ela está fazendo na despensa.
2 - ( ) a mãe da narradora pede a ela que tranque a porta da despensa.
3 - ( ) a narradora devora o açúcar sentada embaixo do pessegueiro.
4 - ( ) a narradora fica na ponta dos pés para alcançar o açúcar.
5 - ( ) a narradora rodeia a porta da despensa de sua casa.

Answer 1

Avaliando as afirmações, a única que mostra corretamente o desfecho da história é a alternativa 3.

   

Consideramos o desfecho, a parte de uma narrativa que traz para a história contada uma conclusão. Quando falamos sobre desfecho, consideramos que ele é o fechamento da história, o fato ocorrido que encerra uma narrativa.

 

Na história que lemos na questão, podemos considerar um fato principal como o desfecho da história. Esse momento foi quando a narradora da história começou a comer o açúcar.

Answer 2

Resposta:

A narradora devora o açúcar sentada embaixo do pessegueiro.

Explicação: le oq o cara escreveu

Bons estudos :3