Formação e destruição de palmares
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O Quilombo dos Palmares surgiu no final do século XVI, no território da capitania de Pernambuco, mais precisamente em uma região em que hoje está localizado o estado de Alagoas. O quilombo foi formado por escravos que tinham fugido de engenhos da região de Pernambuco e que escolheram a região da Serra da Barriga, na zona da mata de Alagoas.
A história de Palmares ficou marcada pela resistência e luta contra os colonizadores. No período da invasão holandesa no Nordeste (1630-1654), o quilombo registrou um crescimento expressivo, resultado da desorganização dos europeus na região que reduzia a busca por escravos fugidos e reduzia os níveis de vigilância, facilitando fugas.
De toda forma, ao longo de todo o século XVII, os habitantes de Palmares tinham de lutar para sobreviver. Inúmeras expedições de colonizadores foram realizadas visando à destruição do quilombo, sendo a primeira delas registrada em 1602. Os holandeses também organizaram expedições para acabar com Palmares, mas fracassaram.
Os portugueses, por sua vez, foram os grandes adversários dos quilombolas em Palmares. As expedições dos portugueses contra Palmares concentraram-se depois que os portugueses conseguiram expulsar os holandeses de Pernambuco. Da década de 1650 em diante, os portugueses realizaram dezenas de expedições contra Palmares.
No ano de 1678, Ganga Zumba, até então rei de Palmares, recebeu uma oferta de paz enviada pelo governador da capitania de Pernambuco, d. Pedro de Almeida. Depois Ganga Zumba foi a Recife negociar os termos da oferta de paz com o próprio governador da capitania e os termos estipulados foram os seguintes:
Os nascidos em Palmares seriam considerados livres;
Todos aqueles que aceitassem o acordo seriam retirados da serra e receberiam terras para viver;
Não poderiam abrigar novos escravos fugidos;
Os que garantissem sua liberdade seriam considerados vassalos da Coroa.
A proposta de paz foi aceita por Ganga Zumba, mas causou divisão no quilombo, porque não contemplava os escravos fugidos – esses deveriam ser entregues às autoridades coloniais e encaminhados para seus antigos donos. Essa divisão resultou na morte de Ganga Zumba e o novo líder que assumiu – Zumbi – rechaçou a possibilidade de acordo e optou pela luta.
Houve uma nova fase de lutas, até que entre 1692 e 1694, o bandeirante Domingos Jorge Velho liderou uma expedição após ter seus termos (que não eram poucos) aceitos pelas autoridades de Pernambuco. A tropa de Domingos Jorge Velho era composta por milhares de homens e possuía até mesmo canhões (levados para lá somente em 1694).
Considera-se o fim de Palmares o ano de 1694, mas a resistência quilombola na região seguiu pelos anos seguintes. O próprio Zumbi resistiu até 1695, quando foi emboscado e morto pelos portugueses. As tropas de portugueses permaneceram na região até meados do século XVIII para impedir que o quilombo ressurgisse.