Foi numa briga em família
Por causa de uma partilha
De terra à beira de um rio
Que Afrísio, o maioral
Foi parar no tribunal
E em volta do corrupio
O juiz se atrapalhou
E disse: você botou
No rio seu próprio teto?
E ele lhe respostou
Eu vou dizer ao senhor:
Pergunta de analfabeto
“Eu lhe meto na cadeia
Sujeito cabra da peia
Você está sob escolta”
E de cabeça erguida
Com uma voz espremida
Disse pro juiz: Mas solta
Tem um outro no Sertão
Que mesmo com precisão
Não dá o braço a torcer
Gosta é de contar vantagem
Modificando a imagem
Do que aparenta ter
Outro dia em sua casa
Com o fogo ainda em brasa
São histórias de valor
Após ter feito o almoço
Chegaram de supetão
Três amigos no oitão
E foi aquele alvoroço
Mandou os cabra apear
E pela cozinha entrar
Se sentar e se servir
Foi comida à vontade
Mesmo assim pela metade
Ele começou pedir:
Maria traz mais feijão!
De lá de dentro: “tem não!
Uma carninha? Acabou!
Um arrozinho? Não tem
Suspirou e disse: amém
Eu comi feito um doutor!
Desse almanaque folclórico
Dia a dia de um povo
Que deixa o legado histórico
A natureza matuta.
De um jeito categórico.
Chico de Dedez, eufórico
Recém-casado, pegou
Uma toalha limpinha
Tomou banho, se enxugou
Ao invés de estendê-la
Num canto qualquer jogou.
A esposa perguntou
Com aquele jeitinho manso
Por que não botou no sol?
Ele disse: Não alcanço!
Perguntas e respostas ditas
Sem existência de ranço.
4- No texto lido, temos todos os elementos da narrativa. Em cada causo, podemos
identificar um narrador, um espaço, um tempo e as personagens. Selecione um dos
causos presentes no cordel e identifique:
a) Narrador/Foco narrativo.
b) Personagens.
c) Espaço.
d) Tempo
Soluções para a tarefa
Respondido por
2
a) narrador/ foco narrativo
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