Foi na Antiguidade Clássica da Grécia que surgiu uma teoria sobre a ética. O filósofo Sócrates ficou conhecido como um dos primeiros mentores do conceito de ética. Suas ideias sobre a ética interligam três termos: o conhecimento, a felicidade e a bondade. Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir:
I- Para Sócrates, o ser humano construía sua ética quando tinha o conhecimento adequado e suficiente sobre a bondade e felicidade.
II- Segundo Sócrates, o homem constrói a ética quando a bondade prevalecer sobre a felicidade.
III- Segundo Sócrates e Platão, o ser humano forma a ética através da negação da felicidade e da virtude.
IV- Para Sócrates, conceitos como felicidade e bondade são secundários e irrelevantes na constituição da ética grega.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
As afirmativas II, III e IV estão corretas.
Somente a afirmativa I está correta.
As afirmativas I, II e IV estão corretas.
As afirmativas I, III e IV estão corretas.
Soluções para a tarefa
Para Sócrates, a ética se dá a partir do conhecimento sobre a felicidade e a bondade. Logo, apenas a alternativa I está correta.
O exame da alma constitui, para Sócrates, simultaneamente uma investigação acerca da verdade e a escolha de um modo de vida virtuoso.
Seu objetivo é romper com a Amathia (prepotência), não com a Agnoia (ignorância). A afirmação clássica do Sócrates – como uma douta ignorância – é o que nos permite concluir que Sócrates parte do problema epistemológico dos sofistas para desaguar num problema ético: o problema não é não saber, é pressupor que sabe muito.
VIRTUDE E CONHECIMENTO SÃO A MESMA COISA = não se separa conhecimento teórico do prático, em Sócrates.
A pergunta ética por excelência é “O que é o bem viver?”. Em Sócrates, buscar o conhecimento (leia-se: autoconhecimento) é indissociável da moralidade. Virtude é esse conhecimento. Ninguém erra deliberadamente, diz Sócrates. Nem é mau voluntariamente (quem vê o melhor também necessariamente o faz).
É da virtude que vem a riqueza, não da riqueza que vem a virtude. A virtude não é mais um dom divino, mas algo a ser aprendido, não como valores externos, mas como autoconhecimento interno.
Exemplos:
- coragem – Laques
- piedade – Eutífron
- amizade – Lísis
Sócrates tenta defini-los universalmente, destruindo as premissas questionáveis dos outros.
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