(FMTM-2002) "Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada, sete horas de chumbo. (. ) Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no recanto das hortas". No Naturalismo, época literária a que pertenceu Aluísio de Azevedo, o homem é visto a) de forma negligente e egocêntrica, preocupado apenas com o próprio bem-estar. B) de forma atuante, responsável pela transformação do mundo em que vive. C) de forma idealista e romântica, alheio a tudo que acontece a seu redor. D) como responsável pelas condições do meio em que vive e capaz de melhorá-lo. E) como fruto do meio em que vive, sujeito a influências que escapam a seu controle.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
resposta correta alternativa E
Explicação:
O Naturalismo mostra o homem como um produto das forças naturais. Os naturalistas, de uma forma geral, passaram a fazer uma análise do comportamento humano e social, analisando o comportamento patológico e o lado animalesco presentes nas pessoas.
O ser humano não é provido do livre arbítrio, como se comumente acredita, sendo, ao contrário, uma máquina guiada por fatores da sociedade e da natureza, como o meio social, a hereditariedade, as leis químicas e físicas. O homem é visto como um objeto de estudo que está sempre enfrentando forças que não pode controlar, sendo manipulado pelo destino.
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