Flor, telefone, moça
Não, não é conto. Sou apenas um sujeito que escuta algumas vezes, que outras não escuta, e vai passando. Naquele dia escutei, certamente porque era a amiga quem falava, e é doce ouvir os amigos, ainda quando não falem, porque amigo tem o dom de se fazer compreender até sem sinais. Até sem olhos. Falava-se de cemitérios? De telefones? Não me lembro. De qualquer modo, a amiga – bom, agora me recordo que a conversa era sobre flores – ficou subitamente grave, sua voz murchou um pouquinho. – Sei de um caso de flor que é tão triste! E sorrindo: – Mas você não vai acreditar, juro. Quem sabe? Tudo depende da pessoa que conta, como do jeito de contar. Há dias em que não depende nem disso: estamos possuídos de universal credulidade. E daí, argumento máximo, a amiga asseverou que a história era verdadeira.
ANDRADE, C. D. Contos de aprendiz.
Nesse conto de Drummond, o narrador adota, em um primeiro momento, um ponto de vista reflexivo, que é marcado pelo(a)
A. admiração por sua interlocutora, amiga da época da infância por quem nutre uma paixão platônica.
B. definição do texto e de si mesmo, direcionando a uma ponderação sobre um evento em sua vida.
C. compartilhamento da tristeza com a interlocutora, devido ao acontecimento relatado por ela.
D. inclusão do leitor na trama da narrativa, trazendo-o para o conflito junto das personagens.
E. espanto diante da afirmação de sua interlocutora, que reforça a veracidade da história.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
Letra A. admiração por sua interlocutora, amiga da época da infância por quem nutre uma paixão platônica.
Explicação:
moises3153:
Hora nenhuma fala em amor platônico, acho que é D
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Resposta:
a respeito de trata o texto
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