Fizeram alto. E Fabiano depôs no chão parte da carga, olhou o céu, as mãos em pala na testa. Arrastara-se até ali na incerteza de que aquilo fosse realmente mudança. Retardara-se e repreendera os meninos, que se adiantavam, aconselhara-os a poupar forças. A verdade é que não queria afastar-se da fazenda. A viagem parecia-lhe sem jeito, nem acreditava nela. Preparara-a lentamente, adiara-a, tornara a prepará-la, e só se resolvera a partir quando estava definitivamente perdido. Podia continuar a viver num cemitério? Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se. Era o que Fabiano dizia, pensando em coisas alheias: o chiqueiro e o curral, que precisavam conserto, o cavalo de fábrica, bom companheiro, a égua alazã, as catingueiras, as panelas de losna, as pedras da cozinha, a cama de varas. E os pés dele esmoreciam, as alpercatas calavam-se na escuridão. Seria necessário largar tudo? As alpercatas chiavam de novo no caminho coberto de seixos." (Vidas secas, Graciliano Ramos)Levante hipóteses dos motivos que levava Fabiano a procrastinar sua partida da fazenda?
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Conforme o texto, Fabiano pensava em postergar sua partida pensando em: "... coisa alheias, como o chiqueiro e o curral que precisavam de concerto, o cavalo de fábrica que era seu companheiro, a égua alazã, as catingueiras, as panelas de losna, as pedras da cozinha, a cama de varas..."
No texto mostra que esses motivos o faziam perder a certeza de que gostaria de sair daquele lugar.
No texto mostra que esses motivos o faziam perder a certeza de que gostaria de sair daquele lugar.
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