Física, perguntado por jovialmassingue, 9 meses atrás

●Física Dinâmica
36. 0 peso A, de massa m, cai da altura h. 0 corpo C, de massa m, que se encontrava parado, aumenta a sua velocidade até o peso A chegue ao solo. A partir desse instante, passa a mover-se com velocidade constante.

36,1. Como varia a energia cinética do corpo C:

(A) Durante a queda do corpo A?

(B) Após o corpo A ter chegado ao solo?

 \large \red{ \mid{ \underline{ \overline { \tt Att: \mathbf{JOVIAL :- )}}} \mid}}

Anexos:

Soluções para a tarefa

Respondido por Usuário anônimo
8

Energia Cinética

Obs.: leia a solução pelo navegador!

   A definição diz que:

E_c=\dfrac{1}{2}mv^2

   Essa definição vem do Teorema da Energia Cinética. Tal Teorema foi demonstrado nessa atividade:

https://brainly.com.br/tarefa/29759705

   Vamos começar a solução seguindo o passo a passo para solucionarmos qualquer questão de dinâmica:

https://brainly.com.br/tarefa/30929052

   Começaremos escrevendo a equação para o corpo A:

Corpo~A:

\vec{P}+\vec{T}=\vec{Fr_A}\Rightarrow |\vec{P}|-|\vec{T}|=m_a\cdot |\vec{A}|\quad(I)

   Agora, o segundo corpo:

Corpo~C:

\vec{T}=\vec{Fr_C}\Rightarrow |\vec{T}|=m_c\cdot |\vec{a}|\quad(II)

   Vínculo:

   Note que A só pode descer uma quantidade x_A de fio, à medida que C aproxima-se da polia uma quantidade x_C de fio. Considerando que o fio é ideal, podemos escrever que,

\displaystyle{x_A=x_C\xrightarrow[]{Derivando~em~t}~\dfrac{\mathrm{d} x_A}{\mathrm{d} t}=\dfrac{\mathrm{d} x_C}{\mathrm{d} t}\Rightarrow}

\displaystyle{\Rightarrow v_A=v_C\xrightarrow[]{Derivando~em~t}~\dfrac{\mathrm{d} v_A}{\mathrm{d} t}=\dfrac{\mathrm{d} v_C}{\mathrm{d} t}~\therefore}

\therefore~|\vec{A}|=|\vec{a}|\quad(III)

   Sendo assim,

|\vec{P}|-|\vec{T}|=m_a\cdot A\Rightarrow m_ag-|\vec{T}|=m_a\cdot A\xrightarrow[]{(II)}~m_ag-m_c\cdot a=m_a\cdot A\Rightarrow

\Rightarrow m_ag=m_A\cdot A+m_c\cdot a\xrightarrow[]{(III)}~m_ag=(m_a+m_c)\cdot a~\therefore

\therefore~a=g\bigg (\dfrac{m_a}{(m_a+m_c)}\bigg )\quad(\alpha)

   Como podemos ver a aceleração do corpo é constante, isso faz com que a velocidade de C varie linearmente. Isso possibilita escrevermos a velocidade de C em função do tempo da seguinte forma:

v(t)=v_0+at

   Como o corpo estava parado inicialmente, temos: v_0=0. Daí,

v(t)=at\xrightarrow[]{(\alpha)}~v(t)=g\bigg (\dfrac{m_a}{(m_a+m_c)}\bigg )\cdot t

    Dessa forma,

[v(t)]^2=g^2\bigg (\dfrac{m_a}{(m_a+m_c)}\bigg )^2\cdot t^2

   Pela definição de energia cinética:

E_c=\dfrac{1}{2}m[v(t)]^2\Rightarrow E_c=\dfrac{m_c}{2}\cdot g^2 \bigg (\dfrac{m_a}{(m_a+m_c)}\bigg )^2\cdot t^2

   Simplificando,

E_c=\bigg (\dfrac{m_cm_a^2g^2}{2(m_a+m_c)^2}\bigg )\cdot t^2\quad(\varepsilon)

   Vamos para o segundo item da questão:

   Pelo Teorema podemos escrever que o trabalho da força peso foi convertido em energia cinética para A e para B.

W_p=\dfrac{1}{2}m_av_a^2+\dfrac{1}{2}m_cv_c^2

    Contudo, quando A atinge o solo, o corpo C para de ser acelerado pela tração do fio.

   Isso ocorre, pois A para de acelerar-se (e consequentemente de puxar) e C continua empurrando o fio. Então ele fica "foló" auhsuas. Perde a tração. (Veja a imagem 2)

   Com isso, concluímos que a aceleração de C se anula. No momento em que C perde a aceleração, sua velocidade passa a ser constante. Logo, sua Energia Cinética também. Visto que esta energia é inerente a velocidade. Daí,

E_c=cte.

   Agora, vamos calcular o quanto de energia tem C. Para isso, vamos calcular o tempo que leva para o sistema colidir com o solo.

s=s_0+v_0\Delta t+\dfrac{1}{2}a\Delta t^2\Rightarrow

h=\dfrac{1}{2}a\Delta t^2~\xrightarrow[]{(\alpha)}~

\xrightarrow[]{(\alpha)}~h=\dfrac{1}{2}g\bigg (\dfrac{m_a}{(m_a+m_c)}\bigg ) \Delta t^2

h=\dfrac{1}{2}g\bigg (\dfrac{m_A}{(m_A+m_C)}\bigg ) \Delta t^2

\Delta t^2=\dfrac{2h}{g}\cdot\bigg(\dfrac{m_A+m_C}{m_A}\bigg)

   Note que fizemos s₀ = 0 e v₀ = 0. Sabemos que Δt = t - t₀, quando t₀ = 0, podemos escrever Δt = t.

t^2=\dfrac{2h}{g}\cdot\bigg(\dfrac{m_A+m_C}{m_A}\bigg)\quad(\beta)

   Agora, vamos substituir esse valor em (\varepsilon):

E_c=\bigg (\dfrac{m_cm_a^2g^2}{2(m_a+m_c)^2}\bigg )\cdot \dfrac{2h}{g}\cdot\bigg(\dfrac{m_a+m_c}{m_a}\bigg)

   Logo,

E_c=\dfrac{m_am_cgh}{m_a+m_c}  

   A partir desse valor a energia cinética de C não mais se altera.

   Obs.: observe que a energia cinética foi escrita em função do tempo de queda. Quando A inicial a queda o tempo passa a ser contado (t₀ = 0), até que atinja o valor mostrado na equação (β). A questão poderia pedir, também, a energia cinética em função da altura que A encontra-se do solo.

Anexos:

jovialmassingue: Sabemos que o corpo A não conserva a sua energia mecânica durante a descida como pode explicar isso?
HydroXBR: Excelente resposta, Irodov!
Usuário anônimo: Obrigado Isaías
Usuário anônimo: Se fosse em função da altura teríamos que calcular a aceleração da forma como foi feita e - em seguida - utilizarmos Torricelli
Usuário anônimo: Se quiser pode postar essa pergunta, novamente, e eu faço em função de h
Usuário anônimo: O sistema foi considerado conservativo até o momento em que A atinge o solo para a solução do problema.
jovialmassingue: Está certo farei isso, acabei ficando curioso!
Usuário anônimo: O corpo não conserva sua energia durante a descida, porque parte de sua energia potencial é convertida em Ec para o corpo C.
jovialmassingue: obrigado ja coloquei a questão novamente
Usuário anônimo: beleza
Perguntas interessantes