FILME O MENINO E O MUNDO
1- Em quais condições sociais viviam as pessoas no campo e na cidade?
2- Como são retratados os trabalhadores do campo? e os trabalhadores da fábrica?
3- Em que momento da história aparece cena semelhante às de reportagem e de documentários? porque há essa insegurança?
Soluções para a tarefa
Resposta:
1ª) Apesar de serem comumente tratados como sinônimos, os conceitos de rural e campo, urbano e cidade, possuem diferenças em suas conceituações. Enquanto cidade e campo são formas concretas, materialização de um modo de vida, urbano e rural são representações sociais. Historicamente a relação entre cidade e campo é vista por meio da divisão do trabalho em: intelectual e manual, de modo que na cidade é beneficiado o produto oriundo do campo. Como cidade no Brasil entendem-se os perímetros urbanos das sedes municipais, territórios e populações considerados urbanizados. A cidade é o centro da organização social e econômica, portanto, nela estão concentrados os principais serviços e produtos que são consumidos tanto pela população da própria cidade, quanto pela população do campo, a qual não consegue produzir tudo aquilo de que necessita.
2ª) Resumos
Este artigo é resultado de uma pesquisa sobre a participação do trabalhador na empresa. Ele contrasta as propostas de participação ensejadas pelo modelo japonês com as de viés autogestionário. A revisão bibliográfica apresentada, cobre um espectro que vai das estratégias gerencialistas para cooptar a força de trabalho até a defesa de uma sociedade governada pelos produtores associados. Nossa conclusão é que as estratégias gerenciais - e aqui se insere o modelo japonês - atacam o que poderiam ser considerados sintomas (e não, as causas) da alienação. Seu objetivo é que os trabalhadores decidam sobre tudo, menos sobre o essencial. Já as propostas autogestionárias propõem que o trabalhador participe da gestão dos problemas essenciais da empresa, da concepção de um novo tipo de processo de trabalho e da construção de uma sociedade produtora de valores de uso, de acordo com as possibilidades históricas. Existem entre elas diferenças que não se referem apenas ao grau de participação, mas à natureza desta participação.
Introdução:
Assim é que categorias clássicas da pedagogia (só possíveis de objetivação plena em outro modo de produção) passaram a fazer parte do novo discurso pedagógico: formação do homem em todas as suas dimensões de integralidade com vistas à politecnia, à superação da fragmentação do trabalho em geral e em decorrência do trabalho pedagógico, ao resgate da cisão entre teoria e prática, à transdisciplinaridade, e assim por diante. Torna-se necessário desemaranhar este cipoal e estabelecer os limites da pedagogia toyotista, para que se possa avançar na construção teórico-prática, nos espaços da contradição, de uma pedagogia de fato comprometida com a emancipação humana . (KUENZER, 2003).
l.
Para Tragtenberg (2005), as propostas ensejadas pelo capital a partir dos anos 1960, que vão desde políticas de estímulo à participação do trabalhador nas decisões de assuntos marginais até à participação nos lucros e resultados, são, na verdade, uma "pseudo-participação", pois quem, de fato, participa e controla a produção nesta nova fase de acumulação é o capital financeiro.
Aceite final: 12/11/2008
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Para a sistematização e as controvérsias deste debate, ver Leite (2003), Invernizzi (2004) e Salerno (2004).
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Quando nos referimos ao discurso socialista, estamos nos espelhando em Marx e nos críticos da organização do trabalho capitalista. Aliás, não podemos nos esquecer que Lênin admirava Taylor e aplicou os seus princípios, métodos e técnicas no processo de trabalho na antiga URSS. Sobre isso, ver Bryan (1992) e Novaes (2007).
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Sobre este debate, ver Novaes, Assis e Dagnino (2004), Leite (1994) e Noble (1979).
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"Como os trabalhadores da automobilística vêem a teoria das relações humanas? Como uma forma de tirar mais leite, formando vacas alegres" (TRAGTENBERG, 2005, p. 36).
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Cumpre observar que, apesar deste novo modelo nascer nas empresas de produção discreta, ele se espraia enquanto ideologia de outros setores e até mesmo no Estado.
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A ideia chave da TCH é a de que a um acréscimo marginal de instrução, treinamento e educação corresponde um acréscimo marginal de capacidade de produção (FRIGOTTO, 1995).
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Para saber mais sobre o modelo japonês, ver Salerno (1993), Invernizzi (2004, Silva (2005), Antunes (2007) e Venco (2007), dentre outros. Antunes (2007) ressalta a heterogeneidade tecnológica no Brasil e a permanência do fordismo em diversos setores. Venco analisou o trabalho dos chamados teleoperadores, em geral mulheres que realizam a média de 140 ligações em uma jornada de seis horas, com pausa de 15 minutos, e precisam cumprir metas excessivas de produtividade em tempo preestabelecido. Segundo a socióloga, o setor de telemarketing e call center apresenta características do taylorismo, que consiste na racionalização do trabalho e minimização do excesso de rotinas (Jornal de Unicamp, 2007).
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Guimarães, Korosue e Corrêa (2004) consideram que a autogestão ressurge como produto da sociedade capitalista e como produção de uma sociedade diferenciada, constituindo um processo dialético de transformações capitalistas de produção e das relações de trabalho. Isso, apesar de constatarem que os sujeitos do processo que fazem ressurgir a autogestão nas empresas, via de regra, não possuem a consciência de que a experiência autogestionária possa significar a transformação das relações de trabalho diferenciando-se da gestão tradicional capitalista, a heterogestão.
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É evidente que o capital tem uma visão do que deveria ser a participação do trabalhador na sociedade (fora da empresa). No entanto, os limites deste artigo nos impossibilitam o aprofundamento da questão. Sobre este debate e sua relação com a democracia formal, elitista, substantiva, socialista, operária, minimalista, maximalista, etc, ver Wood (2003), Mészáros (2002), O´Donnell (1999) e Chomsky (1997).
bons estudos