Question

Felipe tem 23 anos e trabalha como porteiro em uma empresa que presta serviços em um
condomínio há cinco anos. Ele procurou você, assistente social, para relatar o problema que
vem enfrentando.
Na semana passada, Felipe foi informado pelo síndico do condomínio que houve troca da
empresa que prestava serviço de portaria e que era para ele ir ao escritório da empresa, pois o
realocariam em outro condomínio. Quando Felipe chegou à empresa, foi demitido, pois não
tinham local para colocá-lo no momento. Felipe assinou os papéis e foi ao banco para sacar o
dinheiro e encaminhar o seguro-desemprego. O banco informou que a empresa não fez nenhum
tipo de pagamento referente ao emprego de Felipe e lhe orientou a voltar à empresa para pegar
os comprovantes do pagamento.
Quando Felipe retornou à empresa, percebeu que estava fechada. Retornou em vários outros
dias e horários diferentes, mas a empresa nunca mais retornou ao local. Felipe também ligou
várias vezes ao dia e ninguém atendeu.
Reflita sobre a terceirização no mundo do trabalho e descreva como será a sua intervenção
nessa situação.

Answer 1

A terceirização é uma constante na vida dos trabalhadores que prestam serviços de limpeza, zeladoria, segurança e outras atividades. Nesse cenário, a rotatividade dos trabalhadores é grande, e um vasto número de empresas fecha as suas portas para não pagar direitos trabalhistas e descontam dos trabalhadores os encargos sociais, mas não repassam a contribuição para a previdência social. Essas empresas reabrem depois, mudando a sua razão social e, assim, não sendo responsabilizadas por processos trabalhistas anteriores.
Felipe deverá ser encaminhado a Delegacia do Trabalho e ao Ministério do Trabalho para denunciar a empresa e para que ela possa ser localizada. No que se refere a benefícios previdenciários, enquanto a situação trabalhista não for resolvida, Felipe não terá nenhum direito a sacar o FGTS ou encaminhar o seguro-desemprego.