ENEM, perguntado por nicollymariano2, 1 ano atrás

fazer uma resenha critica do filme ate o ultimo homem!

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Respondido por Lucasantoss
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Mesmo crescendo em um lar destrutivo, Doss (Andrew Garfield) ainda assim não se permitiu a herdar o temperamento selvagem de seu pai Tom (Hugo Weaving), um veterano de guerra que vivia de incentivar conflitos entre Doss e seu irmão e de violentar a sua esposa Bertha (Rachel Griffiths). A razão de sua bondade vem por corresponder aos preceitos da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que, acima de tudo, sempre se negou ao incentivo do combate entre homens. Pois a provação de Doss vem justamente a de rejeitar o uso de armas ao se alistar para ser um socorrista na Segunda Guerra Mundial, função que somente poderá exercer armado.Mel Gibson estabelece perfeitamente o vínculo entre os dois momentos opostos que existem em “Até o Último Homem”. A princípio, confere muita ternura especialmente no romance que cresce entre Doss e a enfermeira Dorothy (Teresa Palmer), nada devendo diante à história arrebatadora entre o seu William Wallace e Murron MacClannough (Catherine McCormack) encenado em “Coração Valente”.Faz um registro encantador justamente por representar o tradicionalismo do típico amor em tempos de guerra e por ser tão distante do horror no qual Doss se vê inserido a partir da segunda metade de “Até o Último Homem”, primeiro pelo desrespeito de seus colegas de batalha, que não toleram a sua resistência em eliminar o inimigo, e depois pelos corpos estilhaçados que tingirão toda a tela de sangue. Horror este também testemunhado em “Coração Valente” e em outras das obras de Gibson, comprovando a sua perícia em captar uma ação visualmente assombroso exatamente como deve ser.Ir adiante configuraria em revelar a diferença extraordinária que Doss operou nesse cenário. Trata-se de uma figura extremamente cativante justamente pela luta em sustentar aquilo que acredita sem jamais defender uma posição de superioridade diante dos demais soldados que matam e morrem por uma vitória. Uma composição luminosa de Andrew Garfield que nenhum integrante do extraordinário elenco de apoio australiano é capaz de ofuscar. Que me perdoe o favoritismo de Casey Afleck por “Manchester à Beira-Mar”, mas os prêmios de interpretação masculina do ano deveriam ser todos destinados a Garfield.

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